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Economia
Sexta - 09 de Março de 2012 às 22:23

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Uma participação maior do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no crédito está em discussão no governo, em meio a esforços para elevar a taxa de investimento do país ante 2011, disse o presidente do banco de fomento.

"Há uma orientação da presidenta Dilma para elevar a taxa de investimento", disse a jornalistas nesta sexta-feira o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, após assinatura de um acordo de cooperação técnica entre o órgão e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

"Uma participação mais ativa do BNDES está em discussão no governo para este ano", acrescentou, afirmando que o objetivo é elevar a expansão dos recursos empregados na formação bruta de capital fixo para cima de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) este ano.

Em 2011, mesmo com uma expansão de 4,7%, a taxa de investimento da economia doméstica recuou de 19,5 para 19,3%. Para Coutinho, um nível maior desse quesito é fundamental para que o Brasil cresça mais e o BNDES está disposto a participar de um esforço maior, se necessário.

"Vamos fazer o possível para fazer o PIB crescer 4% este ano", disse Coutinho. A meta do Ministério da Fazenda é de expansão de 4,5%, mas a previsão média do mercado no boletim Focus está em 3,3% para o ano.

Também nesta sexta-feira, o vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, disse considerar a relação entre investimento e PIB insuficiente. "Estamos gerando emprego, mas não estamos induzindo a produtividade de forma equivalente", disse durante aula inaugural no Instituto de Economia da UFRJ.

Segundo Ferraz, um crescimento sustentável exige uma taxa de investimento de 24% a 25% do PIB, sem estimar quando o Brasil poderia atingir tal patamar.

"Taxas de juros mais baixas sempre são úteis para o desenvolvimento, desde que sejam sustentáveis no longo prazo", afirmou ele. "A trajetória que estamos vendo está indo nessa direção, e o desafio do país é manter (as taxas) nessa trajetória declinante".

Os desembolsos do BNDES totalizaram R$ 139,7 bilhões em 2011, uma queda anual de 17%. Segundo Coutinho, se houver aceleração do investimento, os desembolsos do BNDES podem crescer este ano.

MUDANÇAS

Coutinho disse também que o governo está fazendo mudanças no projeto de debêntures de longo prazo, uma das principais apostas para elevar o financiamento privado para infraestrutura.

"Há uma predisposição altamente favorável do governo às sugestões do setor privado", disse Coutinho. "Pode haver alguns ajustes em temas como custódia e estímulo à liquidez", agregou.

Na véspera, a Reuters publicou que representantes do mercado de capitais pediram ao governo uma série de modificações no projeto das debêntures de infraestrutura.

Entre esses representantes estavam o BNDES, a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), escritórios de advocacia e entidades empresariais, como a Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base)






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