Ao menos 16 civis são mortos na Síria, diz Observatório
Pelo menos 16 civis foram mortos na Síria nesta sexta-feira antes da chegada do ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Kofi Annan ao país. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres, informou que a violência ocorreu após dezenas de milhares de manifestantes tomarem as ruas depois das orações de sexta-feira. O grupo disse que ao menos dez pessoas foram mortas em Homs, incluindo seis em meio a bombardeios e tiroteios em diversos bairros da cidade.
Burhan Ghalioun, líder do Conselho Nacional Sírio, principal grupo opositor do país, rejeitou nesta sexta-feira os pedidos de Annan por diálogo com o governo do presidente Bashar Assad, alegando que eles inúteis e irreais, uma vez que o regime massacra seu próprio povo. O ex-chefe da ONU, nomeado pela entidade e pela Liga Árabe como enviado à Síria, disse que a missão dele era iniciar um "processo político" a fim de resolver o conflito no país.
Com a perspectiva de a diplomacia falhar, a televisão estatal TRT, da Turquia, informou que dois generais e um coronel sírios desertaram para a Turquia na quinta-feira. Se a informação for confirmada, as deserções militares vão ser significativas, já que a maioria dos desertores militares até agora era de baixa patente. Na quinta-feira, o vice-ministro do Petróleo da Síria anunciou seu deserção.
Os ministros das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, e do Marrocos, Saad Eddine Othmani, reiteraram a oposição deles a uma intervenção militar contra Assad. "Rejeitamos qualquer intervenção militar na Síria", disse Othmani em uma entrevista à imprensa conjunta com Juppé. O chanceler francês afirmou que, embora a situação na Síria seja "inaceitável e escandalosa", a opção militar "não está na agenda". As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
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