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Policia MT
Sexta - 09 de Março de 2012 às 09:31
Por: ADILSON ROSA

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Delegada Anaíde Barros: “crimes passionais são difíceis de serem prevenidos”
Delegada Anaíde Barros: “crimes passionais são difíceis de serem prevenidos”
A diarista Benedita Romana de França Campos, de 42 anos, foi assassinada com uma paulada e dois tiros disparados pelo próprio marido, o trabalhador braçal Jorge Santana de Campos, 62. Depois do crime ele fugiu a pé, levando uma mochila com roupas e o revólver usado no homicídio. O crime passional (motivado por paixão) ocorreu ontem de manhã, na Rua Joaquim Moreno, no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá, onde os dois moravam.

Segundo policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, Benedita queria se separar do marido porque pretendia ficar com outra pessoa, que conhecera há alguns anos. Como tinha receio de Jorge, que era violento, ainda não havia conversado com ele sobre a separação. Desde o início da semana, Jorge teria descoberto que seria trocado por outro e teria planejado o assassinato.

No início da manhã, ele discutiu com a esposa e acertou uma paulada na cabeça dela. A vítima correu para o banheiro e ele ainda atirou duas vezes a curta distância, acertando-lhe o tórax e cabeça. Benedita caiu morta no banheiro da casa.

Os gritos da filha de 18 anos chamaram a atenção de vizinhos, que viram o marido correndo pela rua. Os dois eram casados havia 20 anos e tinham cinco filhos, todos morando na mesma residência. De alguns anos para cá, Benedita comentava com familiares que pretendia se separar de Jorge, mas não sabia qual seria sua reação.

“Eu ouvi os tiros, depois gritos, uma confusão geral. Então, vi que ele (Jorge) saiu correndo em direção ao mato com uma mochila nas costas. Desconfiei de que alguma coisa estivesse errada”, comentou um vizinho da diarista.

A delegada Anaíde Barros, de plantão na DHPP, informou que crimes passionais são difíceis de serem prevenidos, mas por outro lado são mais fáceis de serem esclarecidos, uma vez que o autor é sempre alguém próximo da vítima.

“Ninguém sabe a reação do marido ou ex-marido diante da situação adversa. Muitas vezes reage como qualquer pessoa, mas em outras acabam matando a mulher”, observou a delegada. Ela acrescentou que, uma vez preso, o autor acaba confessando o crime, pois as evidências são tantas que fica difícil negar a prática do assassinato.

Com a identificação do autor, a delegada espera a apresentação dele na Delegacia. Caso contrário, deverá pedir a prisão preventiva do suspeito.




Fonte: Do DC

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