Transportadores de combustíveis suspendem protesto em Minas

O agendamento de uma reunião na próxima segunda-feira (12) entre o governo de Minas Gerais e os transportadores de combustíveis do Estado levou o Sindtanque-MG (Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais) a suspender a paralisação iniciada na manhã desta quinta-feira (8) e que deixou postos sem abastecimento.

A paralisação foi um protesto contra a elevação de 12% para 15% da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do óleo diesel neste ano. Os transportadores afirmam que o aumento do imposto acarretou maiores custos de transporte e perda de clientes.

O protesto não causou desabastecimento em Belo Horizonte e no interior, segundo o Minaspetro (sindicato dos postos). João Victor Renault, vice-presidente da entidade, disse que o sindicato recebeu informação de que houve problemas pontuais apenas em Divinópolis (região central) e em Montes Claros (norte do Estado).

O sindicato pediu autorização à BHTrans (empresa municipal que gerencia o trânsito em BH) para que, excepcionalmente nesta quinta-feira, caminhões possam entrar em áreas da capital mineira em que o trânsito de veículos pesados é proibido entre 17h e 20h, para abastecimento dos postos. A permissão foi concedida.

O aumento do ICMS do diesel foi uma compensação pela redução da alíquota do ICMS do etanol, de 22% para 19%. O governo baixou o imposto do álcool para manter a competição no setor e incentivar o consumo de combustível de fonte renovável. Mas elevou a alíquota do diesel para compensar a perda de receita. Os combustíveis representam 20% da receita total do ICMS de Minas.