Secretários precisam obedecer decisões do Governo, diz Homero

As decisões tomadas pelo governador Silval Barbosa (PMDB), em pleitos ou discussões mantidas com associações de classe, precisam ser obedecidas à risca pelos secretários, e no menor intervalo de tempo possível, para que os compromissos de governo sejam honrados, avalia o deputado federal Homero Pereira (PSD), para quem "falta celeridade" nos encaminhamentos.

Coordenador da bancada federal de Mato Grosso no Congresso Nacional, Homero ressaltou que essa situação ficou evidenciada durante as conversações mantidas entre o governo e líderes do setor produtivo, os quais contestaram a edição de 11 decretos e uma portaria, cujos dispositivos implicam em um aumento de 0,5% na arrecadação do agronegócio.

"O governo demorou muito para avaliar a situação, o que acabou gerando insatisfação e críticas por parte das lideranças ruralistas. Por isso, o governo, através dos secretários, precisa agilizar as medidas que são acordadas com um determinado setor", ponderou o congressista do PSD.

Na questão do embate dos ruralistas com o governo sobre o “tarifaço”, Homero ressalta que a edição dos atos governamentais causou espécie, pois “não houve diálogo prévio”. “E a equipe econômica estava demorando demais para dar uma resposta às aflições dos produtores rurais, que corriam risco de pagar uma carga tributária muito alta em plena época de colheita”.

E ao contrário do que avaliaram setores do governo e da mídia, o parlamentar assinalou que os líderes político-sindicais não armaram nenhuma “arapuca” para o governador Silval Barbosa, que ontem compareceu ao encontro na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) para discutir pacote de tarifas editadas pelo governo.

Conforme avaliação do setor produtivo, os 11 decretos editados causariam impacto estimado em R$ 1,15 bilhão, enquanto o governo calculava cifra por volta de R$ 300 milhões. Após a reunião, chegou-se à conclusão de que as medidas poderiam onerar o setor produtivo em no máximo R$ 150 milhões.