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Internacional
Terça - 06 de Março de 2012 às 15:10
Por: JUSTYNA PAWLAK

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Seis potências mundiais aceitaram uma proposta do Irã para conversar sobre o controverso programa nuclear do país, informou a principal diplomata da União Europeia na terça-feira, após um ano de impasse.

 

 

O anúncio feito pela chefe de política externa da UE, Catherine Ashton, veio pouco depois da Rússia ter pedido a retomada no diálogo direto o mais rápido possível, dizendo que uma carta iraniana do mês passado indicava que o governo estava pronto para negociar seriamente.

 

Com Israel falando cada vez mais sobre uma possível ação militar, as conversações devem proporcionar uma folga na crise que provocou o aumento nos preços do petróleo e ameaçou arrastar os EUA para uma terceira guerra em uma década.

 

O negociador do Irã para assuntos nucleares, Saeed Jalili, havia escrito a Ashton em fevereiro, dizendo que o governo iraniano queria reabrir as negociações e propondo levar "iniciativas novas" à pauta.

 

"Hoje eu respondi à carta de 14 de fevereiro do sr. Jalili", disse Ashton, falando em nome das seis potências, após semanas de consultas entre eles, em um comunicado. "Propus retomar as conversações com o Irã sobre a questão nuclear."

 

Ashton, que representa EUA, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha nas negociações com o Irã, disse que a data e o local das conversações ainda têm de ser aprovados.

 

"Nosso objetivo geral permanece uma solução ampla negociada e de longo prazo que restaure a confiança internacional na natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear do Irã, respeitando o direito do Irã ao uso pacífico da energia nuclear", afirmou Ashton na resposta a Jalili.

 

Países do Ocidente provavelmente agirão com cautela, preocupados com a possibilidade de que a disposição do Irã seja uma tática para ganhar tempo e não um caminho para um acordo.

 

A nova oferta de diálogo da República Islâmica para as seis potências ocorre em um momento de dificuldades econômicas sem precedentes, causadas pelo endurecimento das sanções financeiras e sobre o petróleo.





Fonte: REUTERS

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