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Terça - 06 de Março de 2012 às 07:53
Por: RENATA NEVES

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A ex-vice-prefeita de Cuiabá, Jacy Proença (PSC), vai pedir reparação à Justiça pelo suposto “erro” cometido pelo juiz José de Arimatéia Neves da Costa, que decretou sua prisão preventiva por entender que ela estaria ‘fugindo’ para evitar o processo em que é acusada de desviar R$ 5 mil da prefeitura da Capital em 2008, durante a gestão do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB). O pedido foi revogado posteriormente.

Jacy nega ter se escondido e disse que não foi encontrada pela Justiça porque a procuraram em endereços incorretos. O mandato de citação e intimação expedido pelo magistrado foi encaminhado ao endereço da residência antiga da ex-prefeita e à sede da extinta Agecopa e atual Secopa, onde ela nunca trabalhou. Além disso, no documento consta ainda a observação de que se trata da esposa do ex-prefeito Roberto França (DEM), o que demonstra que ela teria sido confundida com a ex-vice-governadora Iracy França (DEM).

O advogado de Jacy Proença, Fábio Luiz Griggi Pedrosa, disse que ela informou o novo endereço de sua residência ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em agosto do ano passado.

“O magistrado solicitou as informações ao TRE, mas, por algum motivo, não esperou o envio das mesmas e optou por utilizar endereços não-oficiais e desatualizados fornecidos pelas companhias telefônicas. Isso resultou no pedido indevido de sua prisão preventiva e em danos irreparáveis à sua imagem”, declarou o advogado.

A ex-vice-prefeita é acusada de ter cometido crime de peculato em parceria com a ex-assessora e ex-chefe de Gabinete da prefeitura, Jeniffer Moraes Mattos. Apresentada pelo empresário Schneider Bonfim Gomide, a denúncia aponta que Jacy teria desviado recursos públicos para pagar um débito gerado na campanha 2006, quando se candidatou a deputada federal. Para comprovar o fato, o empresário apresentou a gravação de uma conversa durante a qual Jeniffer teria pedido que ele emitisse uma nota fiscal forjada com valor excedente por um produto que não seria entregue.

Schneider acusa Jacy de ter emitido um cheque sem fundo para quitar o débito com ele e que, após dois anos tentando receber a quantia, procurou Jeniffer, que teria dito que o débito seria quitado com o dinheiro do município.

“A gravação foi feita de forma clandestina e não conta com a participação da Jacy. Não há nenhuma fala dela ou qualquer prova que comprove seu envolvimento em qualquer esquema”, argumentou Fábio.

A defesa de Jacy afirma ainda que a decisão do magistrado foi contraditória, já que o mesmo revogou o pedido de prisão preventiva, mas manteve a decisão que determinou que a citação da acusada fosse feita por meio de edital, enquanto o correto seria que a citação fosse feita pessoalmente.

Apesar da ampla divulgação pela imprensa, Jacy só tomou conhecimento do processo ontem, quando esteve pessoalmente no Fórum da Capital para solicitar as informações.




Fonte: Do DC

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