Fávaro estima quebra de um milhão de tonelada de soja
A ferrugem asiática deve provocar a queda de produtividade de aproximadamente um milhão de tonelada de soja na atual safra, em Mato Grosso, estima o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Carlos Fávaro. Segundo ele, as regiões Médio Norte e Norte, no “eixo” da BR-163, foram as mais afetadas. “Tivemos um janeiro muito chuvoso, que ocasionou uma ferrugem muito severa”, pontuou, ao Canal Rural.
Fávaro lembrou que na região do Araguaia mato-grossense aconteceu o mesmo fator climático no eixo da BR-163 e as perdas também são em torno de 100 quilos por hectare. Já nas regiões Sul e Oeste o clima ficou mais seco, o que diminuiu os agravantes da doença nas plantas.
A colheita dos grãos no Estado ainda está em andamento, atingindo 65% na última sexta-feira. O presidente da Aprosoja diz que a maior queda de produtividade poderá ser sentida na soja de “ciclo longo”, que está sendo retirada das lavouras agora. “A soja que ficou mais tempo exposta à ferrugem sofreu mais e constatasse que a produtividade vem caindo conforme a colheita avança”, disse.
Havia projeção de Mato Grosso colher aproximadamente 22 milhões de toneladas da oleaginosa. Mas, conforme Carlos, a estimativa deve baixar para 21 milhões. “Não sabemos onde vai chegar [a quantidade de perdas], mas dá para afirmar tranquilamente que a quebra de um milhão de toneladas já é quase certa”, comentou.
Na safra passada, Mato Grosso colheu 19,5 milhões de toneladas de soja e ficou na segunda colocação nacional na produção da oleaginosa, posicionando-se atrás somente do Paraná, que colhera 19,7 milhões/t. Para este ano, os produtores mato-grossenses ampliaram a área plantada em 400 mil hectares, fazendo o reaproveitamento de pastagens degradadas.
Comentários