Credores privados aceitam reestruturação de dívida grega
Uma dezena de bancos, seguradoras e fundos de investimentos que mantém títulos da dívida grega em suas carteiras devem aceitar o plano de reestruturação (que prevê o perdão de 70% do total), conforme anunciou nesta segunda-feira o grupo que representa uma parcela dos credores privados.
O comunicado do IIF (Instituto Internacional de Finanças) surge em meio a preocupações de que não haveria uma quantia suficiente de investidores para voluntariamente trocar os títulos da dívida grega por novos papéis, de menor valor nominal, com prazos de vencimento mais longos e juros reduzidos.
Sem esse alívio no endividamento, a Grécia não poderá receber o segundo pacote de ajuda financeira acertado com a União Europeia e o FMI, no valor de € 130 bilhões (US$ 172 bilhões), e poderia mergulhar num calote descontrolado ainda neste mês.
Credores privados têm até terça-feira à noite para aceitar os termos da troca, que vão anular € 107 bilhões (US$ 141,5 bilhões) da dívida original.
Investidores que participarem da operação devem perder em torno de 75% do montante financeiro em títulos da dívida grega.
No entanto, sem o resgate financeiro da UE e da FMI, enfrentariam perdas ainda maiores, não apenas com os títulos da dívida grega em sua carteira, mas também nos investimentos feitos nos papéis dos demais países da zona do euro, afetados pela provável turbulência financeira que se seguiria (o efeito mais provável de um calote "descontrolado" da Grécia).
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