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Internacional
Domingo - 04 de Março de 2012 às 12:28
Por: RODRIGO VARGAS

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Objetivo do governo é atuar em 2012 com uma gestão ‘rédea curta’, entretanto sem deixar de respeitar o pagamento dos ser
Objetivo do governo é atuar em 2012 com uma gestão ‘rédea curta’, entretanto sem deixar de respeitar o pagamento dos ser
O governo estadual divulgou com antecedência o calendário de pagamentos dos servidores e cumpriu os dois primeiros meses sem um dia sequer de atraso. O governador Silval Barbosa (PMDB), logo no início do ano, anunciou um grande arrocho orçamentário que, segundo afirmou à ocasião, irá “garantir o salário em dia”. Mas nada disso tem diminuído a ansiedade dos servidores estaduais ao final de cada mês. Nos corredores do Centro Político e Administrativo, revive-se um medo que já parecia página virada há mais de uma década. O medo do calote.

“Está havendo um grande temor em relação a um possível atraso nos salários”, diz João Gonçalo de Figueiredo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados (SINDPD). Segundo ele, não se trata de um boato, mas de uma percepção cada vez mais generalizada de que a saúde financeira do Estado não é a mesma de anos anteriores. “Muitos terceirizados, que trabalham lado a lado com os servidores contratados, estão sem receber desde dezembro. É claro que isso gera uma insegurança nos demais”, disse.

Alzita Ormond, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma), diz que já recebeu contatos de diversos filiados receosos com a possibilidade. “O governo está falando que não tem dinheiro e as medidas anunciadas dão a impressão de que estamos vendendo o almoço para pagar a janta. A gente não quer acreditar que isso seja possível”, avalia.

Levantamento feito pelo Diário em dados do Sistema de Informações Gerenciais do Governo do Estado (SIG) mostra que a fatia do orçamento destinada a pagar despesas com pessoal e encargos subiu de 36,04% em 2000 para 44,47% no ano passado. Em uma década, o peso da folha no orçamento estadual subiu 23%.

O economista Vivaldo Lopes, secretário-adjunto da Casa Civil, negou qualquer risco aos salários dos servidores. “Faremos em 2012 uma gestão com rédea curta, mas absolutamente regular quanto às suas obrigações”, disse. Lopes declarou que o aumento no peso da folha foi o motivo principal do contingenciamento de R$ 1 bilhão anunciado no início do ano. “O governo está sacrificando investimentos justamente para que isso [atraso salarial] não ocorra”.

De acordo com ele, nos últimos três anos, o governo estadual deu posse a quase dez mil concursados, reenquadrou a maioria das carreiras e concedeu “ganho real nos salários”. “Isso não ocorria há quase dez anos, então havia uma demanda reprimida que, ao ser reconhecida pelo governo, aumentou o peso da folha.”

No final do ano passado, o governo aprovou da Assembleia Legislativa alterações no regulamento de fundos como o Fethab, destinado a moradia e habitação, para pagamento de salários.

A medida, que ajudou a alimentar a preocupação dos servidores, teria sido, segundo Lopes, uma maneira de “formalizar” algo que “vinha sendo feito desde 2003”. “O uso dos fundos é rotina”, diz.

Sobre o arrocho, segundo o secretário-adjunto, seria “apenas um corte de expectativa orçamentária”. “No ano passado, por um erro de avaliação, houve uma estimativa de crescimento de arrecadação que não se concretizou. Para este ano, fomos mais precavidos”.




Fonte: Do DC

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