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Internacional
Sábado - 03 de Março de 2012 às 22:52

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Homem vota durante as eleições parlamentares do Irã. (Foto: Morteza Nikoubazl / Reuters)
Homem vota durante as eleições parlamentares do
Irã. (Foto: Morteza Nikoubazl/ Reuters)



Irã anunciou um comparecimento inicial de 65% de eleitores para as eleições parlamentares, consideradas uma farsa pela maioria dos reformistas. O país está sob intensa pressão do Ocidente, devido ao seu contestado programa nuclear

A liderança clerical islâmica quer restaurar o dano à sua legitimidade, causado pela reação violenta aos oito meses de protestos, que se seguiram depois que os opositores do presidente Mahmoud Ahmadinejad disseram que a sua reeleição, em 2009, havia sido fraudada.

O líder supremo, Aiatolá Ali Khamenei, que apoiou o resultado de 2009, se voltou radicalmente contra Ahmadinejad. Alguns resultados divulgados sobre a eleição de sexta-feira (2), sugeriram que os partidários divididos do presidente, estão perdendo terreno no parlamento de 290 cadeiras.

Parvin Ahmadinejad não conseguiu garantir um assento na sua cidade natal de Garmsar, segundo relatos da agência de notícias semioficial "Mehr". Em outras cidades, políticos leais a Khamenei estão indo bem.

Os resultados finais não devem sair neste sábado (3), já que milhões de cédulas eleitorais precisam ser contadas manualmente.

Khamenei, de 72 anos, havia pedido que os eleitores comparecessem em massa, para mandar uma mensagem de desafio aos "poderes arrogantes que estão nos intimidando."

O secretário de relações exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, disse que a eleição no Irã não foi livre ou justa. "O regime apresentou a votação como um teste de lealdade, em vez de uma oportunidade para que o povo escolha livremente seus representantes," ele disse.

Não havia observadores independentes presentes aos locais de votação para monitorar a eleição ou checar os números oficiais de comparecimento de eleitores divulgados.

Um Conselho Guardião não eleito, que examinou todos os candidatos, vetou 35 deputados que buscavam a reeleição e cerca de 2 mil outros possíveis candidatos.

A votação aconteceu sem os dois principais líderes da oposição. Mirhossein Moussavi e Mehdi Karoubi, que concorreram à presidência em 2009 e estão em prisão domiciliar há mais de um ano.






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