Pátio planeja pouco, centraliza tudo e não ouve aliados, dispara Salles
A pré-candidatura do ex-governador Rogério Salles (PSDB) ao comando de Rondonópolis ganha contornos de oposição. Apesar de sua esposa Marília Salles (PSDB) fazer parte da atual gestão, sendo vice de Zé do Pátio (PMDB), o tucano não poupa críticas ao peemedebista, o classificando como centralizador. "Tem muitos aspectos que precisa mudar. Pátio é um gestor que planeja pouco, centraliza demais e não ouve os partidos aliados", reclamou.
O tucano, que já esteve à frente da terceira maior cidade do Estado, pontua que os partidos que ajudaram a eleger Pátio, sendo eles o PSDB, PMN, PSL, PV, PTdoB, PSC, PRB e PCdoB, não têm voz ativa no Governo e não são consultados nas decisões do prefeito. "Nós não temos espaço. Eu não falo em termos de cargos, mas de discutir políticas públicas e decisões estratégicas", dispara.
O ex-prefeito observou que quem ajuda a ganhar também tem que ajudar a administrar, mas no caso de Rondonópolis nem a vice-prefeita teria tido voz e vez. Assim, até hoje teria apenas exercido seu papel constitucional de substituir o titular durante as férias dele. "Quando assume o vice não consegue fazer nada, porque não tem espaço nem autonomia e acaba atraindo um desgaste para si", pondera. Diante disso, Salles reforça não concordar com a maneira como a prefeitura é conduzida, por isso, não vai apoiar uma possível reeleição dele.
Além de Rogério Salles, o deputado estadual Percival Muniz (PPS) também tem garantido que vai disputar a sucessão municipal. O nome de Pátio surge como opção pela reeleição, mas o PMDB não descarta, por exemplo, lançar a mulher do deputado federal Carlos Bezerra, Teté Bezerra, deputada estadual licenciada que está à frente da pasta do turismo.
No PR também não há uma definição. São cotados para entrar na disputa os deputados estaduais Jota Barreto e Ondanir Bortolini, o Nininho, bem como o presidente da Câmara, vereador Ananias Filho. O ex-prefeito Adilton Sachetti (PDT) também é cogitado, porque se filiou ao PDT em tempo hábil para disputar o pleito, mas ele descartou a possibilidade.
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