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Esportes
Sábado - 03 de Março de 2012 às 14:22

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O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, anunciou neste sábado, 3, que o governo brasileiro "não aceita mais" o secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, como interlocutor entre o País e a entidade internacional, depois que o dirigente afirmou que Brasília precisa de "um pontapé no traseiro" para acelerar as obras da Copa do Mundo de 2014.
 

Aldo considerou declarações de Valcke como
Aldo considerou declarações de Valcke como "ofensivas e inaceitáveis"



"São expressões impróprias para tratar das relações entre a entidade e o país", disse o ministro. Devido às palavras usadas, qualificadas por Rebelo como ofensivas e inaceitáveis, o governo comunicará à Fifa que Valcke não mais será aceito como interlocutor.

"As declarações do secretário da Fifa... dificultam o ambiente de cooperação e entendimento. Não tem cabimento", disse o ministro, afirmando que iria "comunicar o presidente da Fifa (a respeito) dessa decisão" de desconsiderar Valcke como intelocutor "a nível de governo".

O ministro lembrou ainda que durante uma visita ao Brasil em janeiro, Valcke foi recebido por autoridades do governo e fez elogios ao andamento das obras de estádios e de mobilidade urbana para a Copa. O dirigente da Fifa tem marcada uma nova viagem ao País nos próximos dias para vistoriar as obras. Rebelo disse, no entanto, que se vier, o secretário-geral não será recebido por representantes de Brasília.

Na sexta-feira, durante entrevista concedida em Londres, Valcke criticou os atrasos nas obras de estádios e infraestrutura, além de alfinetar o Congresso pela demora em aprovar as leis que regularão todos os procedimentos relacionados ao mundial. O dirigente sugeriu que os responsáveis pelo Mundial deveriam levar um "pontapé no traseiro" e começar a trabalhar para recuperar o tempo perdido.

De acordo com Valcke, o Brasil não está cumprindo os compromissos assumidos em torno da infraestrutura necessária para a Copa. "Não há hotéis suficientes", segundo o dirigente, que ainda afirmou que, das doze cidades que servirão como sedes, "apenas o Rio e São Paulo" contam com a capacidade para receber os turistas esperados durante a competição.





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