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Policia MT
Sábado - 03 de Março de 2012 às 09:09
Por: ADILSON ROSA

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Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado: delação premiada para policial denunciar os colegas
Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado: delação premiada para policial denunciar os colegas
A Justiça concedeu prisão domiciliar para um dos seis policiais denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelos crimes de tráfico de drogas e concussão (uso do cargo público em benefício próprio). Trata-se do policial civil Claudio Roberto da Costa. A mudança de prisão foi determinada pela 9ª Vara Especializada em Delitos de Tóxicos da Capital. A decisão ocorreu anteontem à tarde e o policial já foi transferido.

O advogado Janone Pereira, que atua na defesa do policial, não quis comentar o assunto. O policial teve que fazer uma cirurgia de emergência e ganhou o benefício.

Pelo crime de tráfico e concussão também foi denunciado o policial Edivaldo Santos Moraes, o “Montanha”, preso no dia 3 de maio do ano passado, em Cuiabá, com 14,5 quilos de cocaína escondidos na viatura.

A lista se completa com os policiais Manoelito Cesar, Airton Braga Filho, Paulo da Silva e Edson da Silva. Destes, Edson e Paulo respondem pelo crime em liberdade. Os demais continuam presos.

Conforme a denúncia, os policiais praticavam extorsão durante o expediente e usando viaturas descaracterizadas. O esquema teria começado em 2010.

Os demais policiais foram apontados pelo próprio Edivaldo, que teria a garantia da “delação premiada” dos promotores do Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco). Pelo esquema, os policiais pegavam dinheiro de pessoas com prisão preventiva decretada e davam a garantia de que não seriam presas.

Montanha foi preso no dia 3 de maio do ano passado, em local próximo à ponte Sérgio Mota, do lado de Várzea Grande, após o policial receber uma propina e colocá-la na jaqueta. Assim que saiu com a viatura, foi seguido pelos outros policiais.

Ao checar o veículo, os colegas apreenderam o entorpecente. As investigações apontam que a droga foi tomada de um traficante no bairro CPA. Com a droga na viatura descaracterizada, ele foi receber o dinheiro de uma mulher acusada de tráfico, que fingiu pagar R$ 3 mil, já que havia contra ela uma prisão preventiva decretada. A maconha seria negociada em seguida.

O investigador teria praticado, assim, o crime de concussão (que é praticado por um funcionário público aproveitando-se do cargo) e tráfico de drogas, que é mais grave.




Fonte: DO DC

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