Garimpo em Peixoto de Azevedo: atualmente há cerca de 50 pontos de extração de ouro na região Norte de Mato Grosso
A retomada da extração mineral na região Norte de Mato Grosso está impulsionando a economia dos municípios. Cidades como Matupá, Guarantã do Norte, Nova Guarita e Peixoto de Azevedo tiveram suas economias fortalecidas com a atividade garimpeira, retomada há dois anos.
Atualmente há cerca de 50 pontos de extração de ouro, podendo ser variável devido ao caráter flutuante da atividade. Mas em Peixoto de Azevedo, município com maior representação na atividade, são 26 locais.
A representação da atividade na economia também é expressiva. Diferentemente do que ocorreu nas décadas de 80 e 90, quando o garimpo promoveu a degradação do meio ambiente e o aumento de problemas sociais como violência e doenças, hoje a atividade promove uma melhora considerável na economia.
Com isso, possibilita benefícios na qualidade de vida das pessoas e ainda traz os cuidados ambientais como necessidade para quem faz a exploração.
Para fazer uma comparação da pujança que a atividade está causando na região, na cidade de Peixoto de Azevedo, que continua sendo a que mais representa o ramo, o ouro hoje é responsável por 80% da economia local.
“O município, que antes tinha como base econômica a pecuária e a agricultura familiar, percebe uma melhoria considerável com a extração mineral”, explica o secretário Municipal de Meio Ambiente, Turismo e Mineração, Flávio Lima Borges.
Após quase duas décadas com a atividade praticamente paralisada, o ouro volta. Segundo o secretário, o fato de ter ficado este período sem a exploração se deu principalmente por causa da oscilação do minério.
“Vimos em 2010 e 2011 um aumento considerável no valor do ouro, e isto fez com que a atividade voltasse a ser interessante”, conta Borges.
Segundo ele, a atividade de extração do ouro é bastante cara, ou seja, se o preço não for bom, não compensa explorar.
No período de seca, a cidade de Peixoto chega a ter um volume médio de 250 quilos de ouro vendidos. Já em épocas chuvosas, como agora, o número baixa para cerca de 100 quilos.
O número de pessoas envolvidas na atividade também é oscilante, pois muitas vezes um garimpo conta com cinco garimpeiros na área, mas há todo um aparato de trabalhadores ligados a estes, como cozinheiras, motoristas, maquinistas, responsáveis por compra e técnicos.
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