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Quarta - 29 de Fevereiro de 2012 às 15:01

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O prefeito Chico Galindo (PTB) paga pouco mais de R$ 13 mil por mês ao irmão, Altamiro Belo Galindo, pelo aluguel da Procuradoria Geral do Município e Auditoria e Controle Interno, que funciona em um prédio na Rua 24 de Outubro, número 524, em Cuiabá. Por ano, o irmão do prefeito recebe R$ 157 mil pela locação.

Somente através do empenho de número 047/2011, o prefeito Galindo oficializou para pagamento o valor de R$ 118.033,50, referente aos aluguéis dos meses de março a novembro. Os dados estão disponíveis no site do Tribunal de Contas do Estado.

O irmão de Chico Galindo era o dono da Universidade de Cuiabá, que foi vendida, em fevereiro de 2010, ao grupo Kroton Educacional, controlado pelo ex-ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia.

O grupo Iuni Educacional (ex-Unic), atuava em seis Estados e atendia a mais de 53.500 alunos. Pela venda, Altamiro Belo Galindo recebeu valores da ordem de R$ 600 milhões.

Procurado para falar sobre o assunto, o Chico Galindo não atendeu às ligações feitas em seu celular. Sua assessoria disse que ele estava em reunião com o secretário de Comunicação, Carlos Brito.

O secretário-adjunto de Comunicação, Alexandre Frigeri, defendeu a legalidade do contrato. Ele disse que a prefeitura começou a usar o prédio em janeiro de 2006, no primeiro mandato do prefeito Wilson Santos (PSDB).

Valor abaixo de mercado

Segundo Frigeri, o prefeito Chico Galindo não teria tido nenhuma influência na confecção do contrato. “E o aluguel está sendo mantido porque o preço cobrado está abaixo do valor de mercado. Hoje, o aluguel deste imóvel é estimado em cerca de R$ 26 mil”, disse.

Segundo ele, o contrato é aditado anualmente e é corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Em 2011, o IPCA fechou em 6,5%. No primeiro ano, o valor mensal pago foi de R$ 10.366,89.

“Na época, procurou-se um imóvel com características que atendessem às necessidades da Procuradora-Geral. O fato de todas as contas serem chanceladas pelo Tribunal de Contas do Estado mostra que não existe nenhuma irregularidade”, afirmou.

Através de um cálculo simples, conclui-se que o empresário Altamiro Belo Galindo tenha recebido aproximadamente R$ 1 milhão pela locação do imóvel no período do contrato.






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