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Quarta - 29 de Fevereiro de 2012 às 07:25
Por: ADILSON ROSA

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Promotor João Augusto Gadelha: ao tentar matar a própria mãe, vendedora tinha, sim, noção do que estava fazendo
Promotor João Augusto Gadelha: ao tentar matar a própria mãe, vendedora tinha, sim, noção do que estava fazendo
A Justiça condenou a vendedora Sandra Soares dos Santos a nove anos e oito meses de prisão pela tentativa de assassinato contra a própria mãe, Sônia Maria dos Santos. O crime ocorreu no dia 11 de junho, no bairro Novo Mato Grosso, em Cuiabá, após a mãe se recusar a dar dinheiro para ela consumir entorpecentes.

Revoltada com a atitude, Sandra se armou com uma faca e perfurou o rosto e também outras partes do corpo da mãe. A vítima teve que ser levada ao Pronto Socorro de Cuiabá (PSC) para ser medicada.

O julgamento ocorreu na tarde desta segunda-feira pelo Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá, presidido pela juíza Mônica Catarina Perry de Siqueira.

Sandra, que estava presa desde o dia do crime, foi sentenciada por homicídio qualificado – motivo fútil e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima. Ela deverá cumprir dois quintos da pena – cerca de quatro anos – em regime fechado.

Durante o julgamento, a defesa alegou que Sandra estava sob efeito de entorpecente quando cometeu o crime. A idéia era desclassificar o crime para “lesão corporal grave”.

No entendimento do promotor criminal João Augusto Gadelha, a vendedora tinha livre arbítrio para fazer uso de entorpecente e, por isso, tinha noção do que estava fazendo. “Não há como depois alegar que não sabia o que estava fazendo”, afirmou o representante do Ministério Público. “Se ela não respeitou nem a mãe, o que diria de outra pessoa”, completou o promotor.

Durante o julgamento, Sandra chegou a dizer que, para satisfazer o vício, mataria quem estivesse na sua frente e tivesse a intenção de impedi-la. Em seu depoimento, Sandra também disse que estava se curando da abstinência e admitiu estar melhor dentro da unidade prisional.

No entendimento do representante do Ministério Público, a prisão para a autora do crime passa a ser a melhor solução, pois caso contrário ela pode matar para manter o vício. “Além de cumprir a pena pela qual foi condenada, aproveita para fazer o tratamento de dependência química”, ressaltou.

O promotor lembrou que Sandra havia sido condenada por homicídio em Campo Grande (MS) por ter matado uma prima idosa, também porque a havia impedido de consumir entorpecentes. A vendedora veio para Cuiabá cumprir a pena em regime semi-aberto e morava com a mãe.




Fonte: Do DC

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