Justiça do Equador arquiva processo de presidente contra jornalistas

A Corte Nacional de Justiça do Equador arquivou nesta terça-feira o processo por injuria movido pelo presidente Rafael Correa contra três diretores e um colunista do jornal "El Universo", após o mandatário entrar com pedido para retirada da acusação.

Na segunda (27), Correa anunciou publicamente que "perdoará" os acusados no caso de injúria vencido por ele na Suprema Corte do país.

Correa disse que decidiu "perdoar" os acusados "concedendo a remissão da pena que, merecidamente, receberem, incluindo a empresa El Universo".

A CNJ (Corte Nacional de Justiça) do Equador confirmou no dia 16 de fevereiro em última instância, a condenação a três anos de prisão e ao pagamento de US$ 40 milhões (cerca de R$ 68 milhões) de três diretores e o editorialista do jornal "El Universo", em um processo iniciado pelo presidente Rafael Correa.

No veredicto, o presidente do terceiro tribunal penal da CNJ, Wilson Merino, afirmou que a corte considerou "os recursos de apelação apresentados pelos réus improcedentes", o que confirmou a sentença de duas instâncias prévias.

Os três principais diretores do "El Universo", Carlos, César e Nicolás Pérez e o ex-editorialista Emilio Palacio tinham solicitado medidas cautelares para impedir a entrada em vigor da condenação de três anos de prisão e o pagamento de US$ 40 milhões a Correa.

O processo teve início em março de 2011, após a publicação de um artigo de Emilio Palacio, no qual, segundo Correa, ele é chamado de "assassino de lesa humanidade".