O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, ordenou em novembro passado investigar a gestão do necrotério militar de Dover, local aonde chegam os corpos dos soldados mortos no Iraque e Afeganistão, depois da divulgação de extravio e manipulação indevida de alguns restos.
O relatório revela que alguns fragmentos dos restos mortais de vítimas do 11 de Setembro que morreram no ataque contra o Pentágono e no avião que caiu no campo de Shanksville (Pensilvânia), e que não puderam ser identificados na época, foram enviados em um contêiner a Dover, onde foram queimados e descartados.
Após uma investigação interna, o Pentágono reconheceu no ano passado ter extraviado partes de cadáveres em duas ocasiões em 2009, e ter manipulado indevidamente outros sem consultar as famílias das vítimas. Por isso, Panetta determinou a criação de um comitê para analisar a gestão do necrotério e emitir pareceres.
A revisão, dirigida pelo general reformado John Abizaid, não especificou o número de restos humanos das vítimas do 11 de Setembro que foram eliminados dessa maneira. Segundo o relatório, tratam-se de restos que não puderam ser identificados porque eram pequenos demais ou porque estavam carbonizados e não havia condições para análises de DNA.
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