Juros continuarão caindo, diz presidente do Banco Central
O Banco Central pretende continuar baixando a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, atualmente em 10,5% ao ano, até que ela chegue a um dígito, afirmou neste domingo (26) o presidente da instituição, Alexandre Tombini.
"O Banco Central sinalizou recentemente que há uma alta probabilidade de que tenhamos no Brasil no futuro uma taxa de um dígito. Essa estratégia não se alterou até hoje", afirmou Tombini a jornalistas na Cidade do México, onde participa de reunião entre ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais do G-20 (grupo de países ricos e em desenvolvimento).
"Naturalmente, na próxima semana [o Comitê de Política Monetária do BC se reunirá nos dias 6 e 7 de março para decidir se muda ou mantém a taxa Selic], levaremos todas as informações em consideração para a decisão de nossa taxa de política monetária."
O BC vem reduzindo a taxa básica desde agosto, e há dúvida no mercado de quanto mais é possível baixar.
Tombini evitou falar da relação entre juros e a pressão inflacionária, mas notou que há grande preocupação do BC brasileiro e dos demais BCs mundo afora com os preços do petróleo, que sofrem uma escalada ante os temores de um conflito no Irã.
A respeito da valorização do real, Tombini reafirmou que o BC continuará intervindo no mercado --como fez duas vezes nesta semana para conter a queda do dólar.
"Nosso nível de reservas em relação ao tamanho de nossa economia, é moderado", afirmou. "O Banco Central vai continuar atuando sempre que necessário, tanto no mercado à vista, por intervenções esterilizadas, e se for preciso entrar em outros seguimentos do mercado de câmbio, como o mercado de derivativos."
Tombini acampanha o ministro da Fazenda, Guido Mantega, à reunião do G-20 financeiro --que congrega ministros das finanças e presidentes de bancos centrais das grandes economias desenvolvidas e emergentes-- que ocorre neste fim de semana no México.
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