Weber Melques teve a prisão preventiva decretada pela Justiça
Ministério Público oferece denúncia contra comerciante
O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra o comerciante Weber Melques Venandes de Oliveira, 22, que confessou ter assassinado a facadas e queimado o corpo da jovem Katsue Estefane dos Santos Vieira, 25, no forno da Pizzaria Fornalha, próxima à Avenida General Melo, no bairro Barbado, em Cuiabá. O brutal assassinato aconteceu no dia 3 de fevereiro.
A juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, titular da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia e decretou a prisão preventiva do comerciante.
Weber já está preso desde o dia 13 desde mês, no Centro de Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), o antigo Carumbé, no bairro do mesmo nome.
O comerciante agora é réu em um processo e vai ser julgado por homicídio triplamente qualificado, que envolve motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, e destruição de cadáver.
A prisão temporária de Weber foi solicitada pelo delegado André Renato Gonlçalves, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações.
Denúncia
A promotora Márcia Borges Silva Campos Furlan, responsável pela denúncia, relatou passo a passo, a trajetória de Weber até a morte cruel de Katsue.
Consta, na denúncia, que o comerciante encerrou o expediente na pizzaria por volta das 23h30 e se dirigiu até a boate Executive"s, próxima a Estação Rodoviária de Cuiabá, no bairro Alvorada. Katsue estava na porta da boate, fumando maconha, com outras garotas de programa.
Weber teria ficado no local, usando drogas com as jovens e, depois, convidou Katsue para sair e pegar dinheiro para comprar drogas.
Ele levou a jovem até a Pizzaria Fornalha. O comerciante chegou a pegar R$ 70 do caixa, mas gastou. Ele contou, em depoimento, que sentiu uma vontade súbita de matar Katsue e assim o fez.
O comerciante deu duas facadas no corpo da vítima, que continuou viva, e outra no pescoço, golpe que foi fatal. Depois, ele colocou o corpo de Katsue dentro do forno e a queimou, usando toras de lenha. Ele também lavou toda a pizzaria, que ficou muito suja de sangue.
Comportamento frio
Depois de ter matado a jovem, Weber seguiu para sua residência, no bairro Santa Isabel, e dormiu até o meio-dia, quando foi acordado pelo pai, o comerciante Francisco Gonçalves.
Francisco foi alertado por vizinhos da pizzaria, que suspeitaram que algo de errado havia acontecido no comércio, que estava com sangue até nas calçadas. Moradores também disseram que escutaram gritos e pedidos de socorro vinda pizzaria.
Weber confessou o crime ao delegado André Renato Gonçalves, e à equipe de investigadores da DHPP, que disseram ter ficado chocados com a frieza do comerciante.
Ele disse que, logo que pegou Katsue, foram até a pizzaria, tomaram cerveja e consumiram muita droga, principalmente crack e cocaína. Já embriagado e sob os efeitos das drogas, ele teria sentido "vontade" de matar a vítima. Somente no final do depoimento ele disse que estava arrependido.
Outro lado
Defensor de Weber de Oliveira, o advogado Paulo Fabrini informou que ainda não foi notificado da decisão judicial e aguarda o procedimento para estudar se recorre ou não da presião preventiva.
"Isso já era esperado, diante do clamor popular em torno do fato. Agora, vamos ter cautela para analisar melhor", comentou.
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