Servidor é preso acusado de cobrar propina de paciente
Um homem apontado como segurança do Hospital Metropolitano de Várzea Grande foi preso em flagrante na tarde deste sábado (25) e autuado por corrupção passiva sob acusação de intermediar uma cobrança de propina para realizar cirurgia em uma paciente vítima de um acidente de motocicleta. Edson Fernando da Silva, 48, foi preso após ter recebido R$ 500 de um valor de R$ 2,5 mil cobrado ao esposo da mulher que foi submetida ao procedimento cirúrgico. O acusado foi conduzido para a Central de Flagrantes e disse que só falaria em juízo. Dessa forma o delegado plantonista informou não ser possível apontar até o momento, envolvimento no esquema de outras pessoas ou da equipe médica que realizou a cirurgia.
O flagrante foi lavrado na tarde de sábado e Edson foi levado para o Centro de Ressocialização da Capital (CRC) na manhã deste domingo (26). A pena para o crime de corrupção passiva varia de 1 a 8 anos de prisão. Delegado plantonista que fez o encaminhamento do acusado para o presídio, Laudeval Freitas da Silva, explica que as informações sobre o fato que constam no boletim registrado na Polícia Civil, são do esposo da vítima.
Ele disse, no boletim de ocorrência, que sua esposa sofreu um acidente de motocicleta no último domingo (19) e foi encaminhada ao Pronto-Socorro com fraturas na perna esquerda. Na sequência ela foi encaminhada para o Hospital Metropolitano, no entanto, precisaria aguardar numa fila de espera pela cirurgia. Foi quando o segurança se dispôs em intermidiar a cirurgia mediante pagamento, em um hospital particular. Porém, a mulher foi operada no Hospital Metropolitano, e mesmo assim Edson Fernando estava cobrando o valor combinado. A direção do hospital foi informada sobre o fato e aconselhou a vítima a procurar a Polícia.
A orientação dos policiais civis foi para que a vítima marcasse um local para entregar parte do dinheiro. O segurança, ao receber um envelope contendo R$ 500 foi preso em flagrante por policiais civis que acompanharam a ação de longe.
Conforme o delegado Laudeval Freitas, a investigação deve ser realizada pela Delegacia Municipal. O médico que realizou a cirurgia também será ouvido juntamente com outros servidores do Metropolitano.
Outro lado
Assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde disse ao GD que ainda não tem conhecimento do fato. No entanto, garantiu que vai checar junto a direção do Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas) que administra a unidade, o que de fato ocorreu. Se o servidor já foi afastado e quais os procedimentos que serão adotados.
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