Adolescente morta no Hopi Hari é enterrada em Guarulhos (SP)
O corpo da adolescente Gabriela Yukay Nychymura, 14, morta sexta-feira após cair de um brinquedo do parque de diversões Hopi Hari, foi enterrado na tarde deste sábado no Cemitério Parque Jardim das Primaveras I, em Guarulhos (Grande SP).
A família fez um culto durante o velório de Gabriela na Igreja Evangélica Holiness de Guarulhos. Ninguém quis falar com a imprensa.
Cerca de cem pessoas, entre familiares e amigos, acompanharam a cerimônia, que teve um cortejo ao som de violino.
A assessoria do Hopi Hari informou que o parque vai arcar com todas as despesas da cerimônia.
Léo Pinheiro/Folhapress | ||
Enterro da menina Gabriela Yukay, 14, que morreu ontem ao cair de brinquedo no parque Hopi Hari, em SP |
O ACIDENTE
Gabriela Yukay Nychymura caiu do brinquero por volta das 10h20 de ontem (24). Ela foi encaminhada ao hospital com traumatismo craniano, mas chegou sem vida ao local. O acidente ocorreu no brinquedo La Tour Eiffel, um elevador com 69,5 metros.
Gabriela vivia no Japão e estava passando as férias na casa de familiares em Guarulhos (Grande SP). Segundo a polícia, ela estava no parque com a mãe e o pai, que são brasileiros.
"Uma testemunha que estava entrando no parque disse categoricamente que viu o corpo ser lançado depois da trava abrir", afirmou o delegado de Vinhedo, Álvaro Santucci.
Editoria de Arte/Folhapress |
O brinquedo foi vistoriado anteontem, mas a prioridade foram os blocos que estavam em funcionamento.
Neste sábado, o parque de diversões reabriu regularmente, mas a La Tour Eiffel continuava interditada.
Em nota, o parque informou que recebeu os visitantes que, como em todos os finais de semana, se programam com antecedência para visitá-lo.
"No momento da freada brusca, olhei para cima. Vi quando a trava se levantou e ela caiu. O barulho da pancada foi forte. Fiquei muito apavorada", disse a turista mineira Cátia Damasceno, 30, ainda transtornada na porta da delegacia.
Segundo o delegado Álvaro Santucci Jr., outras duas testemunhas que prestaram depoimento disseram ter visto o equipamento de segurança destravado.
O músico Victor Kawamura, 20, foi um dos que presenciaram o acidente. "Fiquei olhando e, na hora da brecada, a menina caiu. Ela chegou a gritar e, depois, deu para ouvir o barulho. A trava estava levantada e ela caiu de cabeça. Foi horrível", relatou.
A professora Lilian Galdino, 29, estava ao lado da vítima, no brinquedo. "Ela estava como todo o mundo fica, mas estava segurando embaixo e não na trava", disse.
A polícia ainda vai ouvir representantes do parque e os pais da adolescente. O inquérito deve ficar pronto em até 30 dias.
A principal hipótese é que a trava de segurança se abriu quando o brinquedo, conhecido por Torre Eiffel, começou a frear, a cerca de 25 metros do chão.
OUTRO CASO
Em setembro de 2007, o estudante Arthur Wolf, 15, morreu após passar mal em uma atração chamada Labirinto (um corredor de 130 metros com salas, atores vestidos de monstros, fumaça cenográfica e jogos de luzes).
O estudante integrava uma excursão com cerca de 200 alunos do Centro Educacional Etip, de Santo André (na Grande São Paulo). O grupo passou o dia no parque com professores.
Rochelle Costi - 27.nov.99/Folhapress | ||
Acidente na Torre Eiffel, do Hopi Hari, matou uma adolescente |
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