Militares chilenos ajudaram a conter o fogo na estação brasileira. (Foto: Armada de Chile/Reuters)
O ministro da Defesa, Celso Amorim, confirmou, neste sábado, a morte dos dois militares brasileiros que haviam desaparecido durante incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz. São eles o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e sargento Roberto Lopes dos Santos, ambos da Marinha. Os dois participavam do grupo de apoio que tentava apagar o incêndio originado na casa de máquinas da base.
"Num ato de heroísmo, eles estiveram justamente no local de maior risco, na tentativa de debelar o incêndio e não conseguiram. Todos os pesquisadores e funcionários civis foram resgatados e já se encontram no continente, no Chile, e amanhã já devem estar de volta ao Brasil", disse Amorim.
Segundo o ministro, 12 militares da Marinha, inclusive o comandante da base, ficaram na base chilena, que é vizinha à brasileira na Ilha Rei George, na Antártida. Eles devem retornar a Comandante Ferraz, para ajudar no trabalho de perícia e no resgate dos dois corpos. Um navio da Marinha brasileira também se deslocou para a Ilha Rei George, para ajudar na tarefa.
A Estação Antártica Comandante Ferraz completou 30 anos em janeiro deste ano. A estação brasileira foi instalada na Baía do Almirantado, localizada na Ilha Rei George, em 1984. A partir de 1986, passou a ser ocupada anualmente por pesquisadores e militares da Marinha do Brasil, podendo acomodar até 58 pessoas. A estação tem laboratórios destinados às ciências biológicas, atmosféricas e químicas.
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