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Internacional
Sábado - 25 de Fevereiro de 2012 às 08:07

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O Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou nesta sexta-feira que o Crescente Vermelho, versão árabe da entidade, retirou cerca de 20 pessoas feridas, entre mulheres e crianças, do bairro de Baba Amro, em Homs, região central da Síria.

A porta-voz do grupo, Carla Haddad, afirmou que os feridos estão em local seguro. A representante também afirmou que não está entre os retirados a jornalista francesa Edith Bouvier.

De acordo com Haddad, o Crescente Vermelho espera que o resgate seja retomado na manhã deste sábado e que a prioridade será a retirada de feridos graves e doentes.

Mais cedo, a organização começou a retirada de feridos pelos bombardeios em Homs, que sofre com ataques do regime de Bashar al Assad desde o último dia 3.

  France Presse  
Jornalista francesa Edith Bouvier, internada em Homs, pede ajuda em vídeo publicado nesta quinta
Jornalista francesa Edith Bouvier, internada em Homs, pede ajuda em vídeo publicado nesta quinta

Segundo o porta-voz da organização, Saleh Dabbakeh, ativistas negociam a saída dos feridos com as autoridades locais, incluindo Bouvier e William Daniels, feridos em um ataque do regime na última quarta (22).

Na ação, a repórter americana Marie Colvin e o fotógrafo francês Rémi Ochlik morreram. Em vídeo na quinta (23), Bouvier, que trabalha para o jornal "Le Figaro", pediu ser retirada o mais rápido possível porque os médicos de Homs não podem operá-la.

FRACASSO

O regime sírio acusou nesta sexta-feira "grupos armados" pelo fracasso nas operações de resgate dos feridos em Baba Amro, na cidade de Homs, onde dois jornalistas estrangeiros feridos estão internados. A declaração é feita no mesmo dia em que membros do Crescente Vermelho estão na região tentando a retirada das vítimas.

Em informação divulgada pela agência de notícias Sana, uma fonte oficial não identificada afirma que militantes impediram o socorro aos jornalistas.

"Por razões humanitárias, as autoridades da cidade mandaram responsáveis e ambulâncias do Crescente Vermelho sírio para retirar os jornalistas estrangeiros que entraram ilegalmente ao país".

  Moulhem Al-Jundi/Folhapress  
Casas destruídas em bairro de Homs, que sofre bombardeios desde o dia 3 e onde 2 jornalistas morreram na quarta
Casas destruídas em bairro de Homs, que sofre bombardeios desde o dia 3 e onde 2 jornalistas morreram na quarta

Pelo menos 103 pessoas morreram na repressão na Síria nesta sexta-feira, de acordo com o grupo opositor Comitês de Coordenação Local, apesar das diferenças entre os resultados das outras organizações.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, aponta que 50 pessoas perderam a vida em todo o país, enquanto o Conselho Nacional Sírio relaciona 22 óbitos.

As informações não podem ser confirmadas pela falta de órgãos independentes e versões oficiais, devido ao embargo do regime sírio à entrada de jornalistas estrangeiros e organizações internacionais.






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