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Sábado - 25 de Fevereiro de 2012 às 06:48
Por: RODRIGO VARGAS

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Secretário disse que “pouco importa” a opinião do senador da República, que, para Eder, “sempre” deixa um pano de fundo
Secretário disse que “pouco importa” a opinião do senador da República, que, para Eder, “sempre” deixa um pano de fundo
O secretário-extraordinário da Copa do Mundo, Eder de Moraes, e o senador Pedro Taques (PDT) deflagraram ontem uma guerra verbal em relação à obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o principal modal de transportes para 2014.

Irritado com questionamentos feitos anteontem pelo pedetista na tribuna do Senado, Moraes chamou Taques de “traficante do medo” e disse que suas críticas são “perseguição política”.

O titular da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) disse ainda que Taques usou a tribuna “para denegrir a imagem do Estado e vender o caos ao Brasil”.

“Você não vê nenhum senador da República detonando a Copa do Mundo no seu Estado. Só o nosso Pedro Taques é que tem a mania de fazer de Cuiabá um saco de pancadas”, disse, em entrevista ao Diário.

Por telefone, o senador contra-atacou. “Não abro mão da prerrogativa de fiscalizar. Eu prefiro ser traficante do medo a ser traficante de influência e de dinheiro público”, declarou.

No pronunciamento no Senado, o pedetista disse ter dúvidas sobre o prazo previsto para a conclusão da obra (24 meses), cujo custo estimado é de R$ 1,2 bilhão.

O senador manifestou temor em relação ao legado para Cuiabá e se valeu de um trocadilho para abordar o risco de futuros problemas judiciais.

“Nós precisamos de legados, mas, dessa forma, em vez de legados, nós vamos precisar de muitos delegados”, declarou.

Para Moraes, o senador se valeu de uma ”atitude costumeira” ao escolher tais palavras. “Ele costuma, nas suas palavras, deixar sempre um pano de fundo de ameaça. Mas, a nós da Secopa e a mim como gestor, pouco me importa a opinião dele”, reagiu.

O secretário disse considerar “bem-vindos” quaisquer questionamentos, “mas não aqueles que são feitos visando somente a 2012 e 2014”.

Como exemplo do suposto objetivo eleitoral de Taques, Moraes citou uma denúncia encaminhada pelo senador a órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU).

“Ele recebeu uma denúncia apócrifa, sem nenhuma fundamentação, e a protocolou pedindo a suspensão e o cancelamento da licitação da trincheira mais importante da Miguel Sutil. Isso foi uma imbecilidade sem tamanho”, disse.

Para Moraes, Taques usou a denúncia para “tumultuar o processo”. “Se ele fosse bem-intencionado, teria pedido informações primeiro.”

Taques disse que encaminha todas as denúncias que recebe e afirmou que continuará a “fiscalizar”. “Dou todo o apoio à Copa e quero que ela orgulhe os cuiabanos, mas não apoio à bandalheira”, destacou.

O senador disse perceber nas afirmações do secretário “certo temor”. “Eu conheço o Eder desde a quinta série. Conheço toda a história profissional dele até a Secopa. Ele deve estar com medo de alguma coisa”.




Fonte: Do DC

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