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Economia
Sexta - 24 de Fevereiro de 2012 às 21:21
Por: Alexandre Alves

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O Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 12,1 bilhões no ano de 2011, resultado 3,6% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, com ativos totais de R$ 981,2 bilhões, informa o banco aos acionistas, em relatório publicado nesta sexta-feira, no Diário Oficial da União. O BB encerrou o exercício de 2011 como líder no Sistema Financeiro Nacional, destacando sua atuação no crédito, com 19,2% de participação de mercado.

O relatório destacou, também, que na área de clientes atacado, o banco precisou adequar estruturas operacionais ao novo modelo de segmentação. A rede de atendimento também foi revisada, com expansão da quantidade de pontos de 121 para 132, compreendendo agências Large Corporate, Corporate, Empresariais e Plataformas de Atendimento.

“Esse movimento foi caracterizado especialmente pelo reforço da rede de agências dedicadas aos segmentos Corporate e Large Corporate e pela implantação de dez novas plataformas de atendimento em polos de desenvolvimento no interior do país, como Sinop (MT) e Feira de Santana (BA)”, pontua o banco.

O município de Sinop está situado como polo regional para mais de 30 municípios, com economias fortemente enraizadas no agronegócio. Em âmbito nacional, o relatório do BB destaca a força que vem do campo, ressaltando que a carteira de agronegócios, no conceito ampliado, encerrou o exercício com saldo de R$ 89,4 bilhões. “Esse montante representa um incremento de 18% em relação ao ano de 2010”, informa-se aos acionistas.

Do total da carteira de agronegócios, R$ 69,3 bilhões referem-se a operações contratadas com o segmento da agricultura empresarial e R$ 20,1 bilhões com agricultores familiares. O relatório também diz que, em 2011, o Banco do Brasil superou a marca de R$ 6,2 bilhões em estoque de Letras de Crédito do Agronegócio - LCA, distribuídas em mais de 1,6 mil operações, representando um acentuado crescimento frente ao estoque de R$ 270 milhões em dezembro de 2010.

Em âmbito geral, o BB destaca que o crescimento registrado no ano passado foi sustentado na economia brasileira – que passou “imune” a crise internacional, e nas seguintes ações da instituição financeira, elencadas em ordem cronológica:

a) emissão, em janeiro, de títulos do programa Global Medium Term Notes (GMTN) em Euros, que resultou na captação de EUR 750 milhões, uma das maiores já realizadas por uma empresa brasileira;

b) aquisição, em janeiro, da totalidade da participação acionária (16,67% ON) detida pela Sul América Capitalização S.A. na Brasilcap, pelo valor de R$ 137 milhões;

c) assinatura, em janeiro, de contrato de compra e venda de ações com a Visa International Service Association para aquisição de parte das ações detidas por essa companhia na Companhia Brasileira de Soluções e Serviços - CBSS, correspondendo a 4,99% do capital social da CBSS, no valor de R$ 85,5 milhões;

d) lançamento da Bandeira Elo, administrada pela empresa Elo Serviços, com início da comercialização do Ourocard Elo em abril. A efetivação da sociedade do Banco do Brasil na Elo Participações - responsável pela consolidação dos negócios relacionados a meios eletrônicos de pagamento (cartões de crédito, débito, pré pago, cobranded) - foi concretizada com a assinatura dos documentos societários em abril;

e) elevação dos ratings do BB pela agência Fitch Rating em abril;

f) concretização da operação para aquisição do controle acionário do Banco Patagonia (da Argentina), em abril, com o pagamento aos vendedores e a transferência ao BB de 366.825.016 ações ordinárias, que correspondem a 51% do capital social e votante daquele banco. Em outubro foi realizada a Oferta Pública de Aquisição Obrigatória (OPA). Com a Oferta, o Banco passou a ser titular de 424.101.958 ações ordinárias, correspondendo a 58,96% do capital social e votante;

g) assinatura de contrato de compra e venda para aquisição de 100% das ações do EuroBank, pelo valor de US$ 6 milhões em abril;

h) emissão de Dívida Subordinada no exterior, pelo valor de US$ 1,5 bilhão em maio. O Bacen aprovou a elegibilidade dessa emissão como capital de Nível II do Patrimônio de Referência;

i) inauguração, em maio, da loja conceito em Brasília configurando-se em uma iniciativa inédita no varejo bancário, com um espaço no qual os clientes podem experimentar os principais atributos que compõem o posicionamento de marca do Banco;

j) aquisição, em maio, por R$ 2,8 bilhões, dos direitos de ofertar produtos e serviços bancários, a partir de 02.01.2012, nas agências do "Banco Postal" da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT;

k) elevação dos ratings do BB pela agência Moody´s em junho;

l) aniversário, em junho, de cinco anos de listagem no Novo Mercado, segmento mais elevado de empresas que adotam práticas de Governança Corporativa da BM&FBovespa;

m) aprovação da homologação pelo Bacen do aumento do capital social do Banco em R$ 44,6 milhões, resultante do exercício do Bônus de Subscrição série "C", em outubro. A operação resultou na emissão de 4,7 milhões novas ações ordinárias. Após a operação, o Banco do Brasil liquidou todos os Bônus de Subscrição série "C";

n) elevação do rating na escala global de "BBB-" para "BBB" pela agência Standard & Poor"s em novembro; o) emissão de Senior Notes no mercado norte-americano em novembro. Com a operação, o Banco captou US$ 500 milhões, com um dos menores custos já registrados, o que mostra a confiança do investidor internacional na Instituição.






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