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Nacional
Sexta - 24 de Fevereiro de 2012 às 17:11
Por: Almir Leite

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De 1952 a 1980, portanto durante oito olimpíadas, o Leste Europeu deu as cartas no torneio de futebol. Na época, o Comitê Olímpico Internacional não permitia a participação nos Jogos de atletas profissionais, ou seja, que eram remunerados pelo trabalho que exerciam no esporte. Como nos países do bloco comunista oficialmente o esporte era amador, essas seleções podiam enviar seus melhores e mais experientes jogadores, enquanto os demais se viam obrigados a formar equipes com jovens.

 

Nos países da Europa Oriental os atletas eram tidos como amadores por jogarem em equipes de operários das indústrias onde trabalhavam (e eram remunerados por esse trabalho) ou de unidades militares, notadamente o Exército. O futebol seria praticado nas horas vagas, como uma atividade de lazer.

Um exemplo foi a seleção da Hungria medalha de ouro em 1952, em Helsinque, com uma equipe que tinha Puskas, Kocsis, Czibor e Hidegkuti.

Seus jogadores eram integrantes do Exército do país. Ganhavam soldo, tinham privilégios que os compatriotas nem sequer sonhavam e, segundo se comentava, alguns nem sabiam empunhar uma arma.

A Hungria voltaria a ser ouro em 1964 (Tóquio) e 1968 (Cidade do México). E obteve prata e bronze em outras ocasiões. A então União Soviética, Iugoslávia e Alemanha Oriental também subiram ao lugar mais alto do pódio, assim como Polônia e Checoslováquia. De 1952 a 1980, os países do Leste Europeu ganharam 21 das 24 medalhas disputadas.

Então começaram as mudanças. Em 1984 e 1988, passou-se a permitir a inscrição de atletas profissionais, desde que não tivessem jogado em Copas do Mundo. A partir de 1992, com o estabelecimento o limite de idade de 23 anos (em 1996 passou a ser possível a convocação de três atletas maiores de 23), os países do Leste não ganharam mais nenhuma medalha. 






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