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Economia
Sexta - 24 de Fevereiro de 2012 às 13:33
Por: SOFIA FERNANDES/VALDO CRUZ

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A partir do próximo ano, 75% das TVs fabricadas no Brasil terão de conter o software Ginga, que permite a interatividade do telespectador com a emissora no modelo brasileiro de TV digital.

Os ministérios da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento assinaram ontem o decreto que define o cronograma de adoção do programa.

De junho a dezembro deste ano, será opcional para a indústria introduzir o software em sua produção. No entanto, a porcentagem de televisores com o programa fabricadas nesse período será descontada da cota de 2013.

Por exemplo, se uma empresa introduzir o Ginga em 10% de sua produção no segundo semestre de 2012, terá apenas que cumprir uma cota de 65% em 2013.

Em 2014, as empresas terão de cumprir a cota de 90% de TVs com o Ginga embutido. A regra vale para todos os modelos e tamanhos de televisores, salvo os de tubo, mais antigos.

INCENTIVOS

As empresas que não adotarem o cronograma não terão os incentivos fiscais do PPB (Processo Produtivo Básico), que define índices de nacionalização.

Com o Ginga, o telespectador poderá, por exemplo, participar de enquetes feitas pela emissora ou escolher um ângulo de câmera diferente num jogo de futebol. O Ginga aceita vários tipos de aplicativos, que serão desenvolvidos ao longo do tempo.

A medida saiu após várias rodadas de negociação frustradas entre governo e indústria, que queria mais tempo para introduzir o software e menos exigências.

A proposta anterior do governo exigia a obrigatoriedade do Ginga em 30% dos televisores a partir de junho de 2012, de 60% em 2013, e 90% em 2014.

A indústria pediu para que a medida começasse a valer a partir de outubro de 2012, para apenas 10% das TVs com acesso à internet, que equivalem a 20% do total. Ou seja, a indústria queria introduzir o Ginga em 2% do total das TVs.

O argumento da indústria para "atrasar" a adoção do Ginga é de que o sinal da TV digital não está em todas as cidades e ainda com um cronograma de implantação atrasado. As emissoras ainda usam pouco os recursos de interatividade do Ginga.






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