O assalto à casa do fazendeiro Ambrósio Monteiro Maia foi programado para ocorrer na terça-feira de Carnaval. Por volta das 5 horas, os três assaltantes – Jeferson da Silva, Ewerton Gustavo Rodrigues Carvalho e o chefe do esquema que dirigia o Fox prata - saíram de Cuiabá e chegaram cerca de uma hora depois. Os dois rapazes pularam o muro e esperaram a proprietária abrir a porta dos fundos.
“Foi lá pelas 7 horas. Ela (a esposa do fazendeiro) abriu a porta e a gente a rendeu. Então, entramos na casa e exigimos que abrisse o cofre. Logo apareceu o marido e o filho dela”, completou Jeferson, que disse estar armado com um revólver.
O assaltante afirmou que, como ela estava demorando para abrir o cofre, bateram no filho como forma de pressão para que abrissem e entregassem as jóias. O fazendeiro então reagiu e foi baleado no abdome.
Os ladrões então correram para a rua. O dono do Fox prata ficou de esperá-los em frente ao Mercado Lima, de propriedade da outra vítima. Como não havia mais carro algum, eles saíram correndo. O comerciante Raimundo Lima, que chegava de carro, saiu acelerando o seu Parati atrás da dupla, que virou a esquina.
Na manobra, o comerciante perdeu o controle do Parati, batendo numa árvore e numa lixeira. “Então ele (Cabeção) atirou e acertou o homem. Disse pra mim que tinha matado um”. Os dois, então, se esconderam num matagal. Por volta das 11h30, eles saíram do matagal e voltaram de ônibus para Cuiabá.
Jeferson disse que as jóias seriam vendidas para fazer dinheiro. A parte maior seria do dono do Fox prata, cujo nome ele não se recorda, mas sabe que reside no CPA. Jeferson foi autuado em flagrante por latrocínio, uma vez que se trata de investigações continuadas, o que permite a prisão mesmo após passar as 24 horas. (AR)
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