Justiça condena pirata a 34 anos de prisão no Pará
A Justiça Estadual do Pará condenou a 34 anos de prisão um homem acusado de ter participado de um assalto a uma embarcação na Ilha de Marajó (norte do Estado), no ano passado, quando um tripulante foi morto a tiros.
Os assaltantes de barcos e navios são conhecidos na região como piratas.
A decisão, de 14 de fevereiro, foi divulgada nesta quinta-feira (23).
O juiz Emanoel Jorge Mouta considerou que Marcelo de Souza Castro, conhecido como Boca Nua, foi um dos cinco homens que entraram armados em embarcação que seguia de Melgaço a Breves, com cerca de 30 passageiros, em junho de 2011.
Segundo a Justiça, o acusado de matar o tripulante está foragido. Três adolescentes que participaram do crime já cumprem medidas socioeducativas em Belém.
O grupo é acusado de espancar passageiros, roubar pertences e disparar tiros aleatoriamente --um deles atingiu uma mulher grávida, que disse à Justiça ainda ter a bala alojada próximo à coluna.
No ano passado, a Folha relatou a atuação desses grupos organizados nos rios do Pará.
Até julho, a polícia havia registrado 19 casos nos 16 municípios do arquipélago, que tem 487 mil habitantes --líderes e moradores ouvidos pela reportagem disseram que os casos passavam de 150.
OUTRO LADO
A reportagem não conseguiu contatar o defensor público que defende Castro.
No processo, o réu negou as acusações e alegou que as testemunhas o confundiram com outra pessoa. Ele disse que estava trabalhando com o tio no momento do crime.
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