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Quinta - 23 de Fevereiro de 2012 às 09:01
Por: ANA ADÉLIA JÁCOMO

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Assessoria CAB
“As pessoas precisam entender que foram anos de descaso. O rio Cuiabá tem se tornado um esgoto a céu aberto”, diz Ítalo
“As pessoas precisam entender que foram anos de descaso. O rio Cuiabá tem se tornado um esgoto a céu aberto”, diz Ítalo
Após o prefeito de Cuiabá Chico Galindo (PTB) ter assinado o contrato com a CAB Ambiental para conceder os serviços de água e esgotamento sanitário, o presidente da CAB Cuiabá, Ítalo Joffily, quebrou o silêncio. Ele reforçou que serão investidos R$ 315 milhões apenas nos cinco primeiros anos de trabalho e garantiu que já existe um mapa com as áreas de maior necessidade de serviços de Cuiabá. Porém, não revelou por onde a empresa vai começar.

O presidente da empresa conta que há bairros que necessitariam de um plano de saneamento, e outros apenas de uma adutora, que levaria 15 dias para ser consertada, mas que está sem manutenção pela “falta de gerência da Sanecap”.

Ítalo diz que a repercussão negativa perante o anúncio de concessão é perfeitamente compreensível, e que em nenhum momento a crise fez com a CAB pensasse em mudar de ideia. “Era um assunto delicado. Água simboliza vida, força, e a sociedade ficou insegura com o novo. Mas a cidade tem um serviço ineficiente”, disse o presidente.

Ele ponderou que Cuiabá é uma cidade muito politizada, ou seja, as pessoas se interessam por política e qualquer ação nesse sentido poderia trazer desgaste, mas garante que a empresa será eficiente. A promessa é de que nos próximos três anos todos terão água na torneira diariamente e 100% dos esgotos serão coletados e tratados no prazo máximo de 30 anos.

Para isso se tornar realidade a CAB desembolsará R$ 950 milhões, mas o presidente pede ‘calma’ à população e garante que todos os acordos serão cumpridos no seu tempo.

“As pessoas precisam entender que foram anos de descaso. O rio Cuiabá tem se tornado um esgoto a céu aberto, e vamos mudar isso. Temos que trabalhar com foco porque a água vai acabar. O Pantanal vai acabar e vamos aprender a utilizar a água e a tratá-la também. Daqui a 100 anos tudo será diferente na natureza”, explica Ítalo Joffily.

Sobre a situação dos funcionários da Sanecap, o presidente diz que ainda não tem a quantidade exata de trabalhadores, mas que estima entre 500 a 700 pessoas. Ele diz que no edital de concessão está bem clara a cláusula que obriga a CAB a manter todos trabalhando por seis meses.

Entretanto, está programado para a próxima semana o Plano de Demissão Voluntária (PDV), mas ele alerta que os trabalhadores que quiserem permanecer na empresa serão mantidos. “Precisamos deles. Não vamos contratar ninguém agora”, disse.

O presidente revela que trouxe cerca de 25 pessoas capacitadas para ajudar nesse momento de adaptação, porém nenhum desses ficará permanentemente. “Vão nos ajudar apenas nesse momento de transição”, garante. A ideia é fornecer cursos de capacitação para quem entrar e também para os veteranos na Sanecap.

As questões judiciais não assustam Ítalo. Ele frisou que serão investidas somas importantes em dinheiro e que se houvesse qualquer dúvida quanto à validade do projeto não teriam ido tão longe.





Fonte: Do DC

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