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Policia MT
Quarta - 22 de Fevereiro de 2012 às 13:26

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Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou deficiências nas delegacias da Polícia Federal que estão localizadas nas regiões de fronteira. Em Mato Grosso, onde há apenas uma delegacia, são cerca de 45 servidores em Cáceres, a 250 km de Cuiabá, para dedicarem-se aos serviços de vigilância nos quase 800 quilômetros de área que separam o estado da Bolívia, combate contra o tráfico de drogas, além do atendimento ao público, com serviços como emissão de passaporte.

O relatório elaborado pelo TCU identificou fragilidades nas 26 delegacias da polícia. "Nós não temos coletes balísticos, um para cada policial. Faltam muitas vezes binóculos com visão noturna. A polícia tem que investir mais em tecnologia, comunicação, informações. Tudo isso ainda é muito precário dentro da PF", declarou Naziazeno Florentino dos Santos, diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais.
 

A alta rotatividade dos policiais também chamou a atenção dos ministros do Tribunal. Em Cáceres, a média de permanência na delegacia é de dois anos e meio. Segundo a Federação, os 45 agentes são insuficientes. "Nós teríamos que ter um efetivo no mínimo quatro vezes maior", defendeu Naziazeno Florentino dos Santos.

Para o ministro Aroldo Cedraz, do TCU, as deficiências nas delegacias da PF que estão na fronteira são prejudiciais à vigilância das áreas. "Com essa situação há perspectiva de um aumento cada vez maior de entrada no território brasileiro de droga, contrabando e práticas até de outros tipos de ilícitos e isso vai trazer problemas sociais nos grandes centros, nas grandes cidades", citou o ministro.

De acordo com o Ministério da Justiça, R$ 37 milhões devem ser investidos pelo Governo Federal em ações na região de fronteira. O investimento faz parte do plano de fronteira estabelecido pela União para ampliar as ações nas regiões que separam as divisas do Brasil com demais países do continente.

Em 2012, outros 1.200 profissionais devem ser incorporados ao quadro da Polícia Federal mediante concurso público. Eles preencherão vagas destinadas aos cargos de delegados, peritos e agentes. No entanto, não há previsão de quantos devam ser lotados em Mato Grosso.






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