O período de chuva faz aumentar o número de casos de acidentes com animais peçonhentos no ambiente doméstico. Esse aumento, de acordo com o coordenador do Centro de Internação Anti-veneno do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (Ciave), José Antônio de Figueiredo, ocorre porque durante a chuva esses animais buscam refúgio e colocam em risco os moradores.
Em caso de ataque de animais peçonhentos, a única unidade que oferece atendimento necessário é o Pronto-Socorro de Cuiabá. No ano passado, de janeiro a outubro, o Ciave atendeu 450 pacientes que sofreram algum tipo de ataque relacionado a animais peçonhentos. "Eles vão buscar um espaço em locais onde possam ficar melhor abrigados. Os cuidados seriam dentro da própria casa, cuidado ao calçar um sapato, ver se não tem nada dentro. E com relação aos terrenos baldios, esses ambientes têm que estar sempre limpos", frisou Figueiredo.
No Parque Paiaguás, em Várzea Grande, uma garota foi picada por uma cobra dentro de casa. A dona de casa Juvenildes Ferreira Silva disse que estava na casa da vizinha quando ouviu os gritos da filha Steffany Kássia Ferreira. "Ela gritava desesperada: "socorro, a cobra". Vim correndo para ver o que era", disse a mãe. A estudante conta que estava na cozinha quando foi picada. "Ela era marrom, preta e, embaixo, amarela", disse Steffany.
Depois da picada, a menina foi levada para a Base de Polícia Comunitária do bairro e, em seguida, ao Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. Isto porque a unidade de Várzea Grande não tinha soro para anular o veneno da cobra, uma jararaca. Os moradores do Parque Paiaguás reclamam que reclamam que animais peçonhentos são comuns na região. "Aqui tem muito escorpião", completou Juvenildes.
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