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Terça - 29 de Outubro de 2013 às 09:07

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Maior produtor de grãos do país, o Centro-Oeste é também a região brasileira que mais necessita de aporte em infraestrutura logística, demandada principalmente pelo incremento da produção agrícola de Mato Grosso. Com a perspectiva de dobrar a oferta de produtos em 2020, o Centro-Oeste precisa de R$ 36,4 bilhões em investimentos nos próximos 7 anos para garantir o escoamento ágil e eficiente da produção. Esse valor é necessário para executar 106 projetos prioritários, sendo 22 deles em Mato Grosso. Esses projetos estão condensados em 10 eixos de integração fundamentais, compostos por 2 ou mais modais de transporte complementares, dos quais 6 envolvem diretamente o Estado.

A conclusão é da Macrologística, consultoria contratada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para o levantamento realizado por meio do Projeto Centro Oeste Competitivo, concluído em abril deste ano e divulgado hoje (29), em Brasília. Estudos semelhantes já foram feitos para as regiões Norte, Nordeste e Sul e integram a série Estudos Regionais de Competitividade. Com o diagnóstico, o setor produtivo agropecuário e industrial pretende subsidiar o governo no planejamento do futuro do sistema logístico, otimizando os recursos investidos e o custo do transporte no Brasil.

Nos 4 estudos foram identificadas 205 obras prioritárias para as quais serão necessários R$ 55 bilhões até 2020. No Centro-Oeste, a infraestrutura deficitária onera atualmente os setores produtivos em R$ 31,6 bilhões. Com o incremento gradual da produção, os custos logísticos alcançarão o dobro desse valor em 2020, totalizando R$ 60,9 bilhões. Dos 26 principais trechos de movimentação de carga identificados na região em 2011, 4 que apresentavam situação crítica, sendo todos em Mato Grosso. Se nada for feito em termos de investimentos em infraestrutura logística, esse número sobe para 23 gargalos críticos nos próximos 7 anos. O estudo mostra que o volume transportado pela BR-163 no trecho entre Lucas do Rio Verde e o Posto Gil ultrapassará em 480,5% a capacidade atual de 38,9 mil toneladas diárias e chegar a 186,8 mil (t) por dia em 2020.

A situação não é diferente nos trechos compreendidos entre Rondonópolis a Alto Araguaia (BR-364), Posto Gil a Cuiabá (BR-364) e de Cuiabá a Rondonópolis (BR- 163). Nestes 3 percursos, a sobrecarga rodoviária cresce quase 450% em média no mesmo período.





Fonte: A Gazeta

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