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Policia MT
Segunda - 20 de Fevereiro de 2012 às 10:38
Por: CARLOS MARTINS

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MidiaNews/PJC
Flávio Diego foi preso em flagrante em lan house, em Cuiabá; no Rio, peritos analisam computadores
Flávio Diego foi preso em flagrante em lan house, em Cuiabá; no Rio, peritos analisam computadores

Das seis pessoas presas pela Polícia Civil de Mato Grosso, na última terça-feira (14), durante a “Operação Orion”, em Cuiabá, cinco delas já estão em liberdade. Elas estavam com prisão temporária decretada (cinco dias), que venceu no sábado (18). Ainda continua preso Flávio Diego da Silva Rust, 25 anos, pego em flagrante, em sua residência, no bairro Jardim Imperial, no momento em que invadia uma conta de um cliente do Banco Santander. Outras quatro pessoas presas em São Paulo e no Rio de Janeiro também já foram soltas.

Foram liberados Porfírio Gonçalves Botelho Neto, 21 anos, Marcelo Marcos Souza Júnior, 24 e Vanir Aparecida da Silva, 25. A Polícia investiga o suposto envolvimento delas com uma quadrilha que roubava dados de clientes via internet para desviarem dinheiro das contas correntes, além de usarem os cartões clonados para compras e pagamentos de contas. Além de Cuiabá, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em mais quatro capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Fortaleza. As ações que tiveram o apoio de policiais desses estados.

De acordo com o delegado Roberto Amorim, titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), mesmo com a liberação destas pessoas, no decorrer do inquérito, podem surgir elementos que motivem novas prisões. “Estamos aguardando o resultado das perícias técnicas realizadas nos HDs apreendidos e em arquivos em mídia para saber o montante da fraude. Surgindo provas e dependendo do envolvimento de cada um pode ser pedida a prisão preventiva”, afirmou. Foram apreendidos mais de 50 HDs, notebooks, computadores servidores, cerca de 200 CDs, disquetes e outros documentos que estão sendo analisados por peritos em informática.

As prisões temporárias foram pedidas pela polícia e autorizadas pela Justiça para resguardar a integridade do material apreendido. “Foi para resguardar a pureza das provas. Soltos, os envolvidos poderiam sumir, ou adulterar alguma prova importante”, argumentou Roberto Amorim.  

Também já foram liberadas mais quatro pessoas: duas em São Paulo e outras duas no Rio de Janeiro, no caso, os sócios-proprietários da empresa Winco, empresa que detinha o domínio do link que clonava a página do Banco do Brasil, sendo um deles também o seu representante técnico.

A “Operação Orion” (significa o grande caçador, na mitologia grega) foi iniciada há oito meses pela Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), unidade da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso. Com as provas já levantadas de que houve furto das contas correntes, o inquérito está sendo conduzido pela Delegacia Especializada de Furtos e Roubos (Derf), que continua as investigações, já que pelo menos 15 pessoas foram identificadas e podem estar envolvidas com o esquema. Além do Banco do Brasil, que teve contas invadidas em todas as regiões do Brasil (foram 447 tentativas de acesso e 165 invasões), as investigações apontam que mais três instituições financeiras foram alvos das invasões.

Em entrevista ao jornal A Gazeta, o estudante de Análise de Desenvolvimento de Sistemas, Hélton Paulo Meira Góis, 24, uma das pessoas presas na última terça-feira e que já foi liberada, disse que sua prisão foi injusta. “Apareci no Brasil inteiro, meus familiares de outros estados viram isso”, declarou. Ele descartou qualquer envolvimento com a quadrilha e disse que não trabalhava na lan louse, localizada no bairro Recanto dos Pássaros. Foi nessa lan house, que pertence à mãe de Hélton, o ponto de partida das investigações.
 
Hélton disse que conhece os envolvidos porque moram no mesmo bairro, porém garantiu que não mantém contato com aquelas pessoas, “que eles pouco usavam os computadores da lan house e desconhecia o esquema”. Ele acredita que teve o nome vinculado ao esquema porque um dos integrantes usou um computador e deixou resquícios da fraude. Quando o equipamento foi reiniciado, um programa específico apagou as informações e a delegada entendeu que ele tinha formatado a máquina.






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