Mianmar julga um dos monges que lideraram Revolução Açafrão
As autoridades de Mianmar (antiga Birmânia) anunciaram que julgarão por "ocupação ilegal" um dos monges que lideraram a Revolução Açafrão em 2007 e que foi anistiado em janeiro passado, informou neste domingo a imprensa oficial do país.
O religioso Shin Gambira deverá responder às acusações por ocupar um mosteiro e forçar a entrada em outros em Yangun, após readquirir a liberdade, motivo pelo qual foi interrogado pela polícia no dia 10 de fevereiro, segundo o jornal "The New Light of Mianmar".
Desde que foi libertado semanas antes, Gambira esteve abrindo mosteiros que as autoridades tinha fechado após a Revolução Açafrão.
Após saber da detenção, a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, pediu às autoridades birmanesas a libertação "imediata e incondicional" do monge e reivindicou "uma explicação dos motivos da detenção".
Gambira foi condenado a 68 anos de prisão e 12 de trabalhos forçados após liderar e encorajar as mobilizações populares que em setembro de 2007 saíram às ruas das principais cidades de Mianmar para exigir democracia.
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