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Estudo de bióloga da UFMT aponta que onde não está havendo substituição das espécies típicas e nativas, sobrou apenas clarões abertos
Espécies nativas estão sendo deixadas de lado
De acordo com estudos, a descaracterização de nossa flora urbana começou há 21 anos. Solução é torná-la patrimônio públi
Com 550 mil habitantes, temperatura elevada e o cerrado como ecossistema predominante, Cuiabá está cada vez menos arborizada e tendo suas árvores nativas como os belos pés de carandá substituídas por espécies exóticas. A constatação foi feita pela bióloga Naiara Silva Gonçalves numa pesquisa para sua monografia com apoio do banco de dados do Grupo de Pesquisa da Flora, Vegetação e Etnobotânica (Flovet) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
No estudo, Naiara Silva retrata a flora nativa centenária que ainda pode ser encontrada em praças e locais públicos da cidade. Ela catalogou dez espécies presentes na área urbana, sendo uma delas o carandá, que fica na Praça Ipiranga, no Centro da cidade. “Essas árvores fazem parte da história e cultura da cidade”, enfatiza. Por conta da curva em seu tronco, o exemplar foi “batizado” de “Gogó da Ema”.
Outro exemplo trata-se da praça Santos Dumont, no Quilombo. “Houve uma mudança da cobertura vegetal ao longo dos últimos 21 anos. Antes, havia muitas espécies nativas e a praça era bem mais arborizada. Hoje, perdeu boa parte da cobertura vegetal, formando apenas um grande clarão, além de algumas espécies exóticas ao seu redor”, citou Naiara Silva, que foi orientada pelo professor Germano Guarim Neto, doutor em Biologia e atuante na área de Botânica.
Além de melhorar a arborização, a intenção é incentivar a criação de uma lei municipal visando a proteção legal dessas árvores centenárias. “Para que se torne patrimônio histórico e imune ao corte”, comenta. Um vereador já teria se interessado pelo projeto, mas como ainda está em início de discussão, a bióloga preferiu não divulgar o nome.
Naiara Silva destaca ainda a importância da arborização para a cidade, que no verão chega a registrar temperatura superior a 40ºc. Em Cuiabá, conforme a pesquisa, 98% da população localizam-se na zona urbana e o crescimento rápido e não planejado provocou uma série de alterações na estrutura da paisagem e uso do solo urbano.
“A qualidade de vida urbana está diretamente atrelada a vários fatores que estão reunidos na infraestrutura, no desenvolvimento econômico-social e àqueles ligados à questão ambiental”, diz. “No caso do ambiente, as áreas verdes públicas constituem-se em elementos imprescindíveis para o bem estar da população, pois influencia diretamente a saúde física e mental da população”, completa.
Ela observa também a importância de trabalhos voltados para educação ambiental, buscando a sensibilização da população cuiabana para a conservação e preservação de espécies arbóreas, principalmente as originadas da vegetação nativa.
O servidor público Pedro Rosa da Silva Filho, 33 anos, considera projetos dessa natureza uma iniciativa boa. “Em Cuiabá faz muito calor e as plantas ajudam a melhorar o clima. Seria muito bom se tivéssemos mais áreas verdes na cidade e mais árvores plantadas ao longo das calçadas”, comentou.
Além do carandá, as espécies enumeradas na pesquisa são o angico-branco (avenida do CPA), a bocaiúva (praça 8 de Abril) o cambará (Bairro Bandeirantes), o cajá ou cajazinho (Avenida Dom Aquino), o Chico Magro (campus da UFMT), o escorrega macaco (na Av. Coronel Escolástico), o siputá (Praça Santos Dumont), o tarumã (Praça 8 de Abril) e a Ximbuva (Av. Alziro Zarur, no Boa Esperança).
No estudo, Naiara Silva retrata a flora nativa centenária que ainda pode ser encontrada em praças e locais públicos da cidade. Ela catalogou dez espécies presentes na área urbana, sendo uma delas o carandá, que fica na Praça Ipiranga, no Centro da cidade. “Essas árvores fazem parte da história e cultura da cidade”, enfatiza. Por conta da curva em seu tronco, o exemplar foi “batizado” de “Gogó da Ema”.
Outro exemplo trata-se da praça Santos Dumont, no Quilombo. “Houve uma mudança da cobertura vegetal ao longo dos últimos 21 anos. Antes, havia muitas espécies nativas e a praça era bem mais arborizada. Hoje, perdeu boa parte da cobertura vegetal, formando apenas um grande clarão, além de algumas espécies exóticas ao seu redor”, citou Naiara Silva, que foi orientada pelo professor Germano Guarim Neto, doutor em Biologia e atuante na área de Botânica.
Além de melhorar a arborização, a intenção é incentivar a criação de uma lei municipal visando a proteção legal dessas árvores centenárias. “Para que se torne patrimônio histórico e imune ao corte”, comenta. Um vereador já teria se interessado pelo projeto, mas como ainda está em início de discussão, a bióloga preferiu não divulgar o nome.
Naiara Silva destaca ainda a importância da arborização para a cidade, que no verão chega a registrar temperatura superior a 40ºc. Em Cuiabá, conforme a pesquisa, 98% da população localizam-se na zona urbana e o crescimento rápido e não planejado provocou uma série de alterações na estrutura da paisagem e uso do solo urbano.
“A qualidade de vida urbana está diretamente atrelada a vários fatores que estão reunidos na infraestrutura, no desenvolvimento econômico-social e àqueles ligados à questão ambiental”, diz. “No caso do ambiente, as áreas verdes públicas constituem-se em elementos imprescindíveis para o bem estar da população, pois influencia diretamente a saúde física e mental da população”, completa.
Ela observa também a importância de trabalhos voltados para educação ambiental, buscando a sensibilização da população cuiabana para a conservação e preservação de espécies arbóreas, principalmente as originadas da vegetação nativa.
O servidor público Pedro Rosa da Silva Filho, 33 anos, considera projetos dessa natureza uma iniciativa boa. “Em Cuiabá faz muito calor e as plantas ajudam a melhorar o clima. Seria muito bom se tivéssemos mais áreas verdes na cidade e mais árvores plantadas ao longo das calçadas”, comentou.
Além do carandá, as espécies enumeradas na pesquisa são o angico-branco (avenida do CPA), a bocaiúva (praça 8 de Abril) o cambará (Bairro Bandeirantes), o cajá ou cajazinho (Avenida Dom Aquino), o Chico Magro (campus da UFMT), o escorrega macaco (na Av. Coronel Escolástico), o siputá (Praça Santos Dumont), o tarumã (Praça 8 de Abril) e a Ximbuva (Av. Alziro Zarur, no Boa Esperança).
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/58937/visualizar/
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