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Sábado - 18 de Fevereiro de 2012 às 08:52
Por: ADILSON ROSA

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Acesso às contas era por emails falsos, pois bancos não se comunicam por esse meio com seus clientes. Fica o alerta
Acesso às contas era por emails falsos, pois bancos não se comunicam por esse meio com seus clientes. Fica o alerta
A Polícia Civil de Mato Grosso identificou pelo menos 22 pessoas envolvidas no ataque via internet às contas bancárias de clientes do Banco do Brasil por todo o país. Até agora, 10 pessoas estão presas temporariamente por cinco dias. As investigações – batizadas agora de Operação Órion – apontam que houve 447 tentativas de acesso a contas bancárias e outras 165 contas invadidas nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Uma vítima teve, além de dinheiro transferido de sua conta, empréstimos bancários realizados sem o conhecimento dela. O valor do prejuízo não foi divulgado pela polícia, mas seria superior a R$ 1 milhão.

A operação foi deflagrada na última terça-feira em Cuiabá e nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Ceará. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão.

Seis pessoas foram presas na capital, sendo quatro por mandados de prisão temporária e duas em flagrante. Entre elas está Flávio Diego da Silva Rust, 25, detido quando movimentava uma conta bancária invadida pela quadrilha via internet. Ele foi preso em flagrante por violação de sigilo bancário e tentativa de furto mediante fraude.

Em interrogatório, Flávio explicou que sua função era conseguir contas bancárias para que os valores desviados das vítimas fossem depositados. Ele disse ainda que para capturar dados bancários e senhas de acesso a contas correntes é necessário um programa específico e conhecimento profundo na área.

A Politec constatou no laptop do jovem, apreendido, o recebimento de dados bancários via MSN de uma conta do Banco Santander, cuja agência e correntista são de Cuiabá. Ele acessava a conta quando os policiais chegaram à sua casa, impedindo a consumação do furto.

Em média, segundo ele, movimentava sempre a quantia de R$ 1 mil, transferidos para a conta de “um laranja” que recebia 30%. Outra parte, 50%, ficava com o cracker (aquele que invade contas de banco e/ou outras plataformas online com o objetivo de lesar e fraudar pessoas ou destruir sistemas de segurança). Ele ganhava 20% pelo serviço.

O acusado também havia disparado cerca de 100 mil e-mails aleatórios a pessoas chamadas de “iscas em grande escala”. “Esses criminosos estão utilizando um programa que envia esses e-mails automaticamente. Eles possuem habilidade em informática e transformam sua residência em um verdadeiro escritório para prática desses furtos, quando não utilizam lan houses”, observou a delegada Elaine Fernandes.

Conforme a delegada, para dificultar que o correntista percebesse os desvios de dinheiro da conta corrente, a quadrilha movimentava pequenas quantias e pagava contas de energia elétrica com débito nas contas das vitimas. O proprietário da unidade consumidora repassava o valor de 50% da fatura para o cracker.

Os presos estão envolvidos em crimes de furto qualificado mediante fraude, formação de quadrilha, interceptação telemática ilegal (Artigo 10, Lei 9.296/96) e violação de sigilo bancário (LC 105/2001).




Fonte: Do DC

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