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Internacional
Sexta - 17 de Fevereiro de 2012 às 18:25
Por: GUSTAVO PALENCIA

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A liberação dos corpos das 359 vítimas do incêndio desta semana em uma penitenciária hondurenha prossegue em ritmo lento na sexta-feira, enquanto se intensificam as críticas pela grave superlotação do sistema penitenciário.

 

 

No pequeno necrotério de Tegucigalpa e com auxílio de especialistas estrangeiros, os legistas liberaram por enquanto apenas dez cadáveres às famílias, e outros 20 estavam sendo submetidos a autópsias. O sistema de refrigeração é insuficiente para evitar que um forte odor se espalhe dos cadáveres ainda não identificados.

 

Centenas de familiares que esperam a liberação dos corpos foram transferidos para um acampamento a quatro quilômetros do necrotério, que está cercado por barreiras metálicas.

 

Melvin Duarte, porta-voz do Ministério Público, disse à Reuters que uma área da Faculdade de Medicina está sendo preparada para receber mais 16 mesas para as autópsias.

 

Sobreviventes do incêndio de terça-feira na Penitenciária Nacional de Comayagua, 75 quilômetros ao norte de Tegucigalpa, disseram que os guardas ignoraram os apelos dos presos para serem soltos das celas em chamas, e que atiraram em alguns que iam conseguindo escapar.

 

Autoridades disseram que, temendo uma fuga em massa, os policiais demoraram meia hora para abrir a prisão.

 

Legistas do Chile, México e El Salvador participam do trabalho de identificação dos corpos, e especialistas norte-americanos trabalham em Comayagua na investigação sobre as causas e origem do incêndio, disse Duarte.

 

As hipóteses incluem um possível curto-circuito, ou que um preso tenha ateado fogo a um colchão.

 

A penitenciária, com capacidade para 400 presos, abrigava mais de 800, situação que se repete em outras prisões hondurenhas, país que registra o maior índice mundial de homicídios.

 

A ONU pediu na sexta-feira uma investigação independente sobre o incêndio, e disse haver na América Latina uma onda de violência carcerária provocada pelas más condições e pela superlotação.





Fonte: REUTERS

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