PMs e bombeiros de Distrito Federal e Paraná ameaçam paralisação

Após os movimentos na Bahia e no Rio, PMs e bombeiros do Distrito Federal e agentes civis do Paraná ameaçam entrar em greve. No primeiro, a partir do dia 2; no segundo, já no sábado.

No Distrito Federal, onde os salários da categoria são os mais altos do país, os PMs aprovaram ontem estado de greve --farão "operação tartaruga" e não aplicarão multas de trânsito.

A categoria tem assembleia no dia 2. Se a negociação não avançar, os agentes prometem parar por tempo indeterminado. Reivindica equiparação com os salários da Polícia Civil e a reestruturação da carreira. Atualmente, o soldo é de R$ 622, valor que sobe com as remunerações para R$ 3.900.

"Os PMs e os bombeiros do DF ganham metade do que os agentes da Polícia Civil", disse Sérgio Aboud, presidente da Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros Militares.

	Lula Marques - 15.fev.12/Folhapress
	Policiais militares e bombeiros do DF durante votação em assembleia na praça do Relógio, em Taguatinga

No Paraná, a assembleia aprovou indicativo de greve. O sindicato disse que, se o governo não ceder à reivindicação de reajuste de R$ 2.700 para R$ 5.000, a categoria para no sábado. Os policiais se disseram insatisfeitos com a proposta da gestão Beto Richa (PSDB) de 20% para os policiais civis e de 23% para os PMs.

Os PMs também consideraram a proposta insatisfatória, mas pretendem negociar.

A gestão Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, informou que vai trabalhar para manter PMs bombeiros bem remunerados e equipados. O governo do Paraná disse que chegou ao limite do que poderia oferecer.

Em Alagoas, os PMs aceitaram proposta do governo e suspenderam a ameaça de greve.