Repórter News - reporternews.com.br
Atitude não contribui, diz procurador
O procurador de justiça do Ministério Público Estadual (MPE) Luiz Alberto Esteves Scaloppe afirma que a decisão do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR), de autorizar a quebra de seus sigilos bancário e fiscal, é um jogo publicitário. Para ele, as informações não irão contribuir em nada para as investigações que apuram possível crime de improbidade administrativa, supostamente praticado por Maggi na aquisição de máquinas e caminhões para o Programa “MT 100% Equipado”, lançado durante sua gestão como governador.
“Não tem nada a ver a investigação da renda dele com o objeto do processo. Colocar as contas em aberto é uma decisão de efeito publicitário, porque ninguém afirmou que ele colocou esse dinheiro no bolso. O foco da investigação não é se ele quis ou não o superfaturamento, nem se ele obteve rendimentos financeiros com isso. A Lei de Improbidade Administrativa não apenas pune quem tenha pego ou querido pegar o dinheiro, mas quem tenha produzido ações que tenham sido danosas ao Estado”, declarou Scaloppe.
Ele foi um dos sete membros do Conselho Superior do Ministério Público que votaram a favor do prosseguimento das investigações que apuram o envolvimento do republicano no superfaturamento de R$ 44 milhões na compra de maquinários para serem distribuídos aos 141 municípios do Estado. Ele está convencido de que o ex-gestor teve responsabilidade no esquema.
“Ele teve responsabilidade política e administrativa no episódio. De forma direta, pelo modo como mal administrou a questão. Não sei se ele foi lá e mandou pôr mais dinheiro. Duvido disso. Ele é um homem muito rico e nem acho que seja ganancioso a esse ponto. Foi uma questão de má administração”, disse.
Para exemplificar a suposta displicência de Maggi na condução da aquisição dos equipamentos, o procurador levanta questionamentos: “se fosse a empresa dele e os dois [ex-secretários de Estado de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, e de Administração, Geraldo de Vitto Júnior] tivessem comprado algo mais caro, ele não teria demitido-os? Ele permitiria que em sua empresa tivesse instrumentos que permitissem fazer isso? Quem praticou esse superfaturamento foram administradores da confiança dele, que ele pôs no governo e comandou”.
O procurador afirma ainda que Blairo Maggi acumulou benefícios eleitorais com a divulgação do programa. Em seu voto, apresentado durante reunião do Conselho, salientou a magnitude da publicidade dada à aquisição dos maquinários, que evidenciaria intenção claramente eleitoral para o investigado, que disputaria eleição ao Senado Federal no ano seguinte. “Eu sou um cidadão. Eu o vi propagando as fotos com as máquinas. Ele impressionou muita gente eleitoralmente. Pode até ter me impressionado também”, ressaltou.
Também votaram pela continuidade das investigações os procuradores Luiz Eduardo Martins Jacob, Mauro Viveiros, José de Medeiros, Vivaldino de Oliveira, Edmilson da Costa Pereira e Siger Tutiya.
“Não tem nada a ver a investigação da renda dele com o objeto do processo. Colocar as contas em aberto é uma decisão de efeito publicitário, porque ninguém afirmou que ele colocou esse dinheiro no bolso. O foco da investigação não é se ele quis ou não o superfaturamento, nem se ele obteve rendimentos financeiros com isso. A Lei de Improbidade Administrativa não apenas pune quem tenha pego ou querido pegar o dinheiro, mas quem tenha produzido ações que tenham sido danosas ao Estado”, declarou Scaloppe.
Ele foi um dos sete membros do Conselho Superior do Ministério Público que votaram a favor do prosseguimento das investigações que apuram o envolvimento do republicano no superfaturamento de R$ 44 milhões na compra de maquinários para serem distribuídos aos 141 municípios do Estado. Ele está convencido de que o ex-gestor teve responsabilidade no esquema.
“Ele teve responsabilidade política e administrativa no episódio. De forma direta, pelo modo como mal administrou a questão. Não sei se ele foi lá e mandou pôr mais dinheiro. Duvido disso. Ele é um homem muito rico e nem acho que seja ganancioso a esse ponto. Foi uma questão de má administração”, disse.
Para exemplificar a suposta displicência de Maggi na condução da aquisição dos equipamentos, o procurador levanta questionamentos: “se fosse a empresa dele e os dois [ex-secretários de Estado de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, e de Administração, Geraldo de Vitto Júnior] tivessem comprado algo mais caro, ele não teria demitido-os? Ele permitiria que em sua empresa tivesse instrumentos que permitissem fazer isso? Quem praticou esse superfaturamento foram administradores da confiança dele, que ele pôs no governo e comandou”.
O procurador afirma ainda que Blairo Maggi acumulou benefícios eleitorais com a divulgação do programa. Em seu voto, apresentado durante reunião do Conselho, salientou a magnitude da publicidade dada à aquisição dos maquinários, que evidenciaria intenção claramente eleitoral para o investigado, que disputaria eleição ao Senado Federal no ano seguinte. “Eu sou um cidadão. Eu o vi propagando as fotos com as máquinas. Ele impressionou muita gente eleitoralmente. Pode até ter me impressionado também”, ressaltou.
Também votaram pela continuidade das investigações os procuradores Luiz Eduardo Martins Jacob, Mauro Viveiros, José de Medeiros, Vivaldino de Oliveira, Edmilson da Costa Pereira e Siger Tutiya.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/59274/visualizar/
Comentários