Um adolescente de 15 anos foi detido quando transportava uma mala com 24,3 quilos de maconha distribuídos em 20 tabletes que estavam acondicionados numa mala. Ele embarcou em um ônibus em Campo Grande (MS) e iria até Porto Velho (RO), onde entregaria o carregamento. O destino, segundo o garoto, seria Manaus, para onde a maconha seria levada de barco. A detenção ocorreu anteontem à noite, na Rodoviária da Capital.
O garoto só foi detido porque cometeu um pequeno deslize – ele viajou até Cuiabá sem documentos e aqui trocaria de ônibus para seguir até a Capital de Rondônia. Como não conseguiu, procurou a Base Comunitária do Araés para fazer um boletim de ocorrência, explicando que estava sem documentos.
Um policial civil de plantão desconfiou da história do adolescente, que havia deixado a mala no guarda-volumes. Com o auxílio de PMs, o policial verificou a mala e apreendeu a maconha. De lá, o garoto foi levado até o Plantão Metropolitano, onde a delegada plantonista Juliana Palhares preencheu um termo de ato infracional.
O que chamou a atenção dos policiais é o percurso que o menor iria fazer para levar o carregamento de entorpecente. “Ele (o garoto) iria fazer parte do percurso de ônibus. Caso seja verdadeira a história dele, ainda restaria muito trecho a ser percorrido até a capital do Amazonas”, observou um policial.
Em seu relato, o adolescente disse que reside em Campo Grande e ficou sabendo que traficantes de Porto Velho estavam encomendando maconha. Então, conseguiu o celular de um fornecedor e comprou R$ 20 mil de entorpecente, mas os policiais acreditam que o menor pagou, no máximo, R$ 8 mil pelo carregamento.
Ao ligar no celular do traficante, descobriu que este estava preso no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. “Falei com ele (traficante) e logo consegui os 20 tabletes”, explicou o garoto. Então, recebeu mala com os pacotes e viajou. Ele deveria chegar em Porto Velho em três dias.
A delegada disse que o adolescente conseguiu driblar a fiscalização em Campo Grande, embarcando sem documentos, mas em Cuiabá não conseguiu o mesmo feito. O menor foi encaminhado para a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) da Capital. (AR)
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