O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) autorizou que os policiais militares e bombeiros presos por envolvimento no movimento grevista sejam transferidos de Bangu I para unidades prisionais militares. A decisão é da juíza Ana Paula Monte Figueiredo.
Ontem, o governo do Rio de Janeiro havia informado, por meio de nota, que pediria à Justiça Militar a transferência do grupo. O grupo foi preso preventivamente por liderar a paralisação da categoria, aprovada em assembleia na Cinelândia, no Centro, na noite da última quinta-feira. No dia seguinte ao início da paralisação, o comando da PM deteve 17 policiais - sete em flagrante por crime de desobediência e dez em cumprimento de mandado de prisão preventiva. Ao menos dez policiais militares cumprem pena em Bangu 1.
Juntas, as corporações somam cerca de 70 mil pessoas. A paralisação foi suspensa na noite de segunda-feira, em assembleia na Lapa.
A greve no Rio
Policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, no dia 9 de fevereiro, que entrariam em greve. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.
Os bombeiros prometem uma espécie de operação padrão. Garantem que vão atender serviços essenciais à população, especialmente resgates que envolvam vidas em risco, além de incêndios e recolhimento de corpos. Os salva-vidas que trabalham nas praias devem trabalhar sem a farda, segundo o movimento grevista. Mas, segundo a corporação, apenas o grupamento da Barra da Tijuca aderiu à paralisação.
Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. O movimento grevista quer também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente na noite de quarta-feira e com prisão preventiva decretada, acusado de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.
Comentários