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Quarta - 15 de Fevereiro de 2012 às 07:26
Por: ALECY ALVES

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Márcio Pieroni: ele tem a esperança de que a sentença que o condenou a 17 anos de prisão seja revertida
Márcio Pieroni: ele tem a esperança de que a sentença que o condenou a 17 anos de prisão seja revertida
O delegado Márcio Fernandes Pieroni ganhou na justiça, mesmo condenado a 17 anos de prisão e a três anos de detenção pelo episódio que ficou conhecido como “farsa do caso Leopoldino”, o direito de reassumir a função de delegado de polícia.

O advogado dele, Carlos Frederick Almeida, informa que na tarde de ontem que o Tribunal Regional Federal (TRF1) acatou por unanimidade o pedido de habeas corpus (HC) impetrado contra as medidas cautelares que constam na sentença condenatória, de autoria do juiz federal mato-grossense Paulo César Sodré.

Isso significa que perdem a validade a decisão de mantê-lo afastado do cargo de delegado e o impedimento para viagens fora do estado ou de ausentar-se de sua residência após as 22h, como previa a sentença.

A recondução dele deve ocorrer nos próximos dias. Hoje mesmo, diz Carlos Frederick, protocolará na Diretoria de Policia Civil o extrato da decisão que está sendo juntado ao processo. Ele explica que, como a votação é oral e gravada em vídeo, o resultado só deve ser formalizado após ser lavrado no papel.

Pieroni, que era titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa até maio do ano passado, quando ocorreu sua prisão, determinada pela Justiça Federal, não manifestou vontade de atuar nessa mesma delegacia ou qualquer outra unidade da Polícia Civil. Quer apenas, segundo seu advogado, ocupar sua função, já que é delegado de carreira.

Na avaliação de Carlos Frederick, a vitória nesse HC é mais que um bom sinal, seria a indicação da possibilidade de anulação da sentença, principal objetivo de Márcio Pieroni. O TRT1, na análise dele, aponta que as teses da defesa estão no caminho certo e sendo entendidas. “Estamos otimistas quando à anulação”, reforçou.

Desde sua condenação, em setembro do ano passado, Pieroni está tentando provar que não montou uma farsa, juntamente com o empresário Josino Guimarães, com a intenção de provar que o juiz Leopoldino Marques do Amaral estivesse vivo.

Por causa dessa suposta farsa, além do delegado foram presos os irmãos Josino Pereira Guimarães e Cloves Guimarães, e o agente carcerário Gardel Tadeu Ferreira de Lima. Também aparece como envolvido no caso da farsa o detendo Abadia Paes Proença, que já se encontrava preso sob acusação de latrocínio.

O caso denominado “farsa” teve origem na denuncia de Luziane Pedrosa da Silva, amásia do detendo Abadia Paes Proença, que estaria sendo ameaçada por José Roberto Padilha. A partir de um bilhete com a ameaça, que segundo Carlos Frederick passou por perícia comprovando ter sido escrito por Padilha, Pieroni abriu o inquérito.

Pieroni, que passou sete meses preso, encontra-se em liberdade. Josino Guimarães, que era apontado como mandante da morte do juiz, também está em liberdade. Levado à julgamento como mandante, Josino acabou sendo absolvido.




Fonte: Do DC

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