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Terça - 14 de Fevereiro de 2012 às 07:55
Por: ALECY ALVES

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O abandono de um imóvel na Rua 12 de Outubro, região próxima do Cemitério da Piedade, no centro tradicional de Cuiabá, está criando uma nova “cracolândia” na cidade, a menos de 20 metros da sede do Conselho Tutelar do Centro e do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A casa, no estilo de muitas construções antigas da área central - simples, bonita e acolhedora -, está danificada e suja. Não é necessário adentrar nela para sentir o odor desagradável que exala do ambiente.

Da calçada é possível sentir o cheiro fétido de uma mistura de urina, fezes, restos de comida, peças de roupas sujas e outros objetos de uso pessoal.

Ontem à tarde não havia ninguém no local, mas as correntes e cadeados novos instalados nas portas e portões denunciavam que nesse dia alguém, mais uma vez, estava tentando obstruir o acesso de usuários de drogas ao local.

Vizinhos reclamam da presença de jovens, mulheres e homens, fazendo uso de drogas na casa. A jovem R.F.A., que trabalha em um escritório próximo, conta que há dias que tem 10 e até mais dependentes químicos reunidos no imóvel.

Por causa de conflitos entre eles, diz, a polícia já esteve várias vezes lá. Entretanto, os policiais não fazem mais do que afugentá-los por algumas horas. Como o consumo de droga se constitui crime leve, logo após a saída dos policiais os viciados estão de volta.

A jovem revela que em busca de água e alimento, moças e rapazes, visivelmente sob o efeito de drogas, costumam perambular por moradias e escritórios da vizinhança. Temendo o que a presença deles possa gerar, muitos reforçaram os sistemas de segurança, mantendo portões com sistema de controle remoto.

A casa que virou cracolândia é parte de um conjunto de imóveis de propriedade da Fundação Abrigo Bom Jesus de Cuiabá (do Asilo dos Velhos), localizada na mesma via. Carlos Barbosa, dono da imobiliária que administra os imóveis, diz que, como a instituição não tem recursos para as reformas, ele está em busca de um locatário com o qual possa firmar uma parceria.

“Precisamos de alguém, um escritório, por exemplo, que possa pagar pelas melhorias e deduzir o valor em parcelas no aluguel”, completa.




Fonte: Do DC

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