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Policia MT
Terça - 14 de Fevereiro de 2012 às 07:47
Por: ADILSON ROSA

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Damião Francisco Rezende, de 33 anos: acusado de mandar matar a esposa, ele nega participação no crime
Damião Francisco Rezende, de 33 anos: acusado de mandar matar a esposa, ele nega participação no crime
No próximo dia 27 de fevereiro, o preso Daniel Paredes Ferreira, de 20 anos, um dos quatro denunciados pelo assassinato da empresária Ângela Cristina Peixoto da Silva, 32, executada com 24 facadas em novembro do ano passado, promete esclarecer o caso. Ele solicitou, através do seu advogado, o benefício da delação premiada. Com esse artifício, ao confessar o crime, terá a pena reduzida ao final do julgamento pelo Tribunal do Júri.

A juíza da 1ª Vara da Violência Doméstica de Cuiabá, Ana Cristina da Silva Mendes, ficou de analisar o pedido. Caso seja aprovado, Daniel poderá contar, com detalhes, como foi tramado o assassinado da empresária. O principal acusado, o marido dela, Damião Francisco Rezende, de 33, em depoimento à Polícia Civil, negou a participação no crime.

A audiência de instrução, marcada para ontem de manhã, não ocorreu graças a manobras realizadas pelos advogados de defesa. Um dos quatro réus, Damião não apresentou defesa preliminar. Com isso, a magistrada, para “evitar problemas futuros e nulidade do processo”, remarcou a audiência para daqui a duas semanas.

Outro réu, Maycon José Cardoso, 22, disse que tinha um advogado que não apareceu e não aceitou ter um defensor público atuando na sua defesa. Com isso, a audiência ficou inviabilizada. Antes do encerramento, os advogados de Kleber Azevedo Santos, que também está preso, e Eduardo Bezerra, solicitaram a revogação da prisão preventiva, mas o pedido foi indeferido.

Estão presos o marido da vítima, Damião Francisco Rezende, 33, acusado de mandar executar a esposa por ela ter descoberto a ligação dele com o tráfico de drogas; como executores estão presos com Maycon José Cardoso, 22 e Daniel Paredes Ferreira, 20, além do “intermediário”, Kleber Azevedo Santos.

Desde o início da manhã, familiares da empresária estiveram no Fórum Criminal acompanhando a audiência. Com faixas e cartazes, eles pediam Justiça.

“Acreditamos que, a partir de agora, será feita Justiça. Vamos querer saber o motivo do crime. Não é possível que um casal que convivia há 10 anos o marido mande matar a esposa. Para nós da família foi um choque, ninguém acreditou. Agora que fez, deverá pagar”, desabafou a mãe de Ângela, Maria do Bondespacho Peixoto.

O advogado contratado pela família, Luciano Augusto Neves, acredita que Damião poderá dizer o verdadeiro motivo da execução da esposa. Ele acrescentou que não é possível fazer o prognóstico do julgamento pelo Tribunal do Júri para este ano. “A defesa tem muitos recursos, mas tudo é possível”, arriscou.

Ângela foi assassinada com golpes de 24 facadas. O crime aconteceu na madrugada de 16 de novembro, na casa onde o casal residia, no Jardim Presidente II, em Cuiabá.




Fonte: Do DC

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