"Aconteceram efetivamente execuções sumárias neste dia, pessoas foram degoladas, outras receberam simplesmente um tiro na cabeça", declarou à AFP o coronel Idrissa Traoré, comandante da Direção de Informação e Relações Públicas das Forças Armadas (Dirpa) do Mali.
Segundo ele, "civis" estavam entre as vítimas das execuções que, afirmou, só podem ter sido cometidas por integrantes da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).
O ministro francês de Cooperação, Henri de Raincourt, entrevistado na manhã desta segunda-feira pela rádio RFI, denunciou as execuções extrajudiciais cometidas durante uma ofensiva contra Aguelhok. Na ocasião, de acordo com o ministro, 82 soldados foram executados.
Raincourt foi cauteloso ao falar sobre os responsáveis pelas execuções, mas ressaltou que "alguns afirmam que o método utilizado para os assassinatos é o mesmo utilizado pela Al-Qaeda".
Sobre o número de vítimas, o coronel Traoré disse não poder informar "o número exato", referindo-se a pelo menos 60 pessoas mortas no dia 24 de janeiro.
Um oficial que enterrou as vítimas executadas, contactado pela AFP, afirmou ter contado "97 soldados mortos" e ter visto "um campo (militar) totalmente devastado com veículos incendiados".
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