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Economia
Segunda - 13 de Fevereiro de 2012 às 07:27

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Aprimoramento da qualidade das obras e ganho de produtividade na construção civil são metas das empresas do setor com investimentos na modernização de processos, principalmente como alternativa para driblar o "apagão" de mão de obra. Em Mato Grosso, a maioria das empresas já adota novas ferramentas, como fabricação de pré-moldados, blocos de concreto e gruas no canteiro de obras, segundo informações do Sindicato da Construção Civil no Estado (Sinduscon/MT).

Presidente da entidade e diretor de uma construtora, Cezário Siqueira Gonçalves, diz que a solução para enfrentar a escassez de mão de obra no setor é a industrialização. "Terceirizar a contratação de trabalhadores, por exemplo, não resolve, apenas transfere o problema". Mas, modernização do setor requer investimentos e impacta nos custos das obras, uma vez que os gastos precisam ser amortizados e incorporados ao valor da obra. Porém, a longo prazo, resulta em um barateamento dos projetos, por diminuir perdas, resíduos, necessidade de mão de obra e melhorando a qualidade. Facilita, ainda, execução de empreendimentos maiores e melhor avaliados no mercado imobiliário.

Por isso, segmento da construção civil tem buscado, segundo Siqueira, aumentar a produtividade, qualificando os trabalhadores para lidar com novas ferramentas de trabalho, além de investir em equipamentos mais modernos, sem deixar de acompanhar as tendências do mercado. Na construção do residencial Santa Terezinha, em Cuiabá, onde serão erguidas 4 mil moradias, foram adotados mecanismos que permitem "produzir" 4 casas por dia, mas a meta, afirma Siqueira, é alcançar a média de 12 casas diariamente.

"Sem a modernização, ia precisar de um funcionário para cada casa construída, o que demandaria 4 mil trabalhadores". Pelos cálculos do diretor da Sisan Engenharia, são necessários 10 pedreiros para construção de 10 casas de reboco, mas otimizando os processos é possível produzir de 12 a 15 casas, acelerando o andamento do processo.

No canteiro de obras do residencial Morada do Parque, foi instalada uma central de pré-moldados, o que tem contribuído para reduzir o tempo necessário à construção e minimizar a necessidade de contratação de armadores, pedreiros e carpinteiros, explica o diretor da empresa, Júlio Flávio Campos de Miranda. Para ele, a terceirização de mão de obra não ameniza a escassez de trabalhadores por ser um problema nacional e não apenas local. Por isso, concorda que a solução está na industrialização da atividade. Miranda diz que a modernização aumenta, a princípio, o custo das obras, mas por diminuir o tempo necessário para execução dos empreendimentos, no final acaba havendo uma economia.

Sócio-proprietário de uma construtora e Incorporadora, Ricardo Giradelo da Silva, informa que já investiu na terceirização de mão de obra, mas na avaliação dos resultados, percebeu que não compensava. "Por isso agora só contratamos diretamente". Quanto à modernização das obras, por ser uma empresa de pequeno porte, ainda não conseguiu investir em equipamentos. "Precisaríamos de um giro maior para compensar esses investimentos".





Fonte: Do GD

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