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Internacional
Domingo - 12 de Fevereiro de 2012 às 20:59

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Os salários alemães devem ser aumentados em mais de 2 por cento neste ano, afirmou a ministra do Trabalho, Ursula von der Leyen, em um apelo incomum a empregadores feito neste domingo, que foi rapidamente criticado por líderes de sua própria coalizão.

 

 

Von der Leyen, algumas vezes mencionada como possível candidata para suceder a chanceler Angela Merkel, afirmou ao jornal Bild am Sonntag que os trabalhadores na Alemanha merecem um aumento salarial acima da taxa de inflação, atualmente em 2,1 por cento, após anos de reajustes abaixo da inflação.

 

Os salários para cerca de 9 milhões de trabalhadores estarão em negociação nas próximas semanas e dois dos maiores sindicatos da Alemanha estão buscando 6,5 por cento de reajuste salarial: a poderosa IG Metall, para os 3,6 milhões de trabalhadores no setor de engenharia e construção, e a Verdi, para 2 milhões de trabalhadores do setor público. Os trabalhadores diz que as demandas são exageradas.

 

Aumentos de salário modestos na última década aumentaram a competitividade na Alemanha, mas também são culpados às vezes por economistas por contribuir com a desigualdades na Europa, agravando a crise na zona do euro.

 

Entre 2000 e 2007, a compensação nominal na Alemanha cresceu em mero 1 por cento por ano na média, comparado com 2,7 por cento na da zona do euro. Os salários alemães subiram mais fortemente em 2011, mas ainda a uma média modesta de 1,5 por cento.

 

"Nos últimos anos, trabalhamos assiduamente na Alemanha enquanto, ao mesmo tempo, exercitamos moderação quanto a acordos salariais, para que pudéssemos atravessar a crise financeira em boa forma", afirmou von der Leyen, uma líder do partido conservador.

 

"Agora que isso teve sucesso e os lucros corporativos da Alemanha estão fortes, é hora de os trabalhadores receberem uma parte disso e receberem um aumento salarial palpável", adicionou.

 

Quando questionada sobre quão palpável, ela disse: "O aumento salarial deve ser maior do a taxa de inflação, portanto isso não será digerido imediatamente."

 

É raro para líderes políticos da Alemanha intervirem em negociações de pagamento, ficando de fora e dizendo que isso é algo para ser decidido entre empregadores e trabalhadores. Foi ainda mais extraordinário para Von der Leyen identificar uma meta concreta.

 

(Reportagem de Erik Kirschbaum)





Fonte: REUTERS

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